segunda-feira, 31 de maio de 2010

PDT confirma Major Olímpio para vice de Mercadante

GUSTAVO PORTO - Agência Estado

O PDT formalizou hoje o nome do deputado estadual Major Olímpio Gomes como pré-candidato a vice-governador na chapa ao governo paulista de oposição ao PSDB, encabeçada pelo senador Aloizio Mercadante (PT). A decisão, que deve ser ratificada na convenção do PDT no próximo dia 12, sepulta as pretensões do senador Eduardo Suplicy (PT) de ser vice de Mercadante na coalizão de 12 partidos liderada pelo PT. Com isso, Suplicy foi obrigado a desistir de ser candidato e segue com seu mandato no Senado.

"Não há veto, resistência, e sim muitos elogios ao Major Olímpio", disse Edinho Silva, presidente do PT no Estado e um dos coordenadores de campanha do partido. "Até sexta-feira da próxima semana devemos discutir o nome dentro dos partidos para que haja uma ratificação na convenção do PDT", completou Edinho.

Em encontro da frente de oposição, o PR reivindicou a indicação do nome para ser o suplente da candidata ao senado Marta Suplicy (PT). Se confirmada, a decisão de ceder a vaga ao PR definiria também a candidatura à reeleição do deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), nome cotado até então para ser o suplente de Marta.

Já a outra vaga para senador na frente partidária ficará com o PCdoB, que deve indicar o vereador paulistano Netinho de Paula. A única pendência para que toda a chapa majoritária seja fechada seria a vaga de suplente ao Senado do PCdoB.

RS: aliança PTB-DEM pode dar palanque a Serra

FLAVIA BEMFICA no Terra
Direto de Porto Alegre

O presidente do DEM no Rio Grande do Sul, o deputado federal Onyx Lorenzoni, tem reunião nesta terça-feira (1) com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, em Brasília. A reunião, marcada nesta segunda-feira (31), é para discutir o interesse dos tucanos em um segundo palanque para o pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, no Estado.

No Rio Grande do Sul o DEM está aliado ao PTB, que tem como pré-candidato ao governo o deputado estadual Luis Augusto Lara. Os dois partidos costuram ainda a adesão do PPS à aliança. A decisão de procurar pelo PSDB nacional foi o resultado de reunião realizada na tarde desta segunda-feira entre os presidentes regionais das três siglas - Lara, Onyx e o deputado Berfran Rosado pelo PPS - e tem dois objetivos: turbinar a candidatura de Lara, alvo de constantes especulações sobre a possibilidade de desistência; e ocupar um espaço que os integrantes da aliança vislumbram para Serra no Rio Grande do Sul.

"Para o Serra, o palanque do seu partido no Estado é complicado porque tem uma governadora (Yeda Crusius, pré-candidata à reeleição) com problemas de imagem e rejeição e porque o aliado PP, nacionalmente, está na base de apoio do governo Lula e pode até ficar com a Dilma (Rousseff, pré-candidata do PT na disputa presidencial)", resume Onyx.

No Estado, o DEM e o PPS já anunciaram o apoio a Serra. Até a tarde desta segunda, a dúvida era a adesão do PTB, uma vez que parte do partido prefere apoiar Dilma. Lara acredita que em função da importância dos aliados e da vinculação à eleição nacional as resistências internas podem ser superadas, mas primeiro é preciso saber do interesse de Serra.

O desconforto do ex-governador paulista com seu próprio palanque no Rio Grande do Sul é dado como evidente depois das investidas explícitas que ele fez ao PMDB em duas de suas últimas viagens ao Estado, gerando constrangimento, inclusive ao PMDB, que tem pré-candidato ao governo (José Fogaça) e está aliado ao PDT na eleição estadual. A penúltima era exclusivamente para um almoço com deputados estaduais peemedebistas, sem o conhecimento do diretório estadual tucano. Após o protesto do PSDB gaúcho, Serra estendeu a agenda até a sede do próprio partido e depois fez uma visita ao PP (no RS os progressistas já fecharam com ele). Entre PMDB e PDT (apoiador de Dilma) a atividade causou tamanho mal-estar que o presidente estadual peemedebista, senador Pedro Simon, precisou manifestar publicamente sua discordância e garantir que encontros do tipo não voltarão a acontecer até a convenção nacional do partido.

Na reunião com Guerra, o deputado Onyx vai apresentar como trunfo o tempo que, juntos, DEM, PTB e PPS têm no horário da propaganda eleitoral no rádio e na TV: quase seis minutos.

Líder governista diz que Dilma só evita multa se deixar o País

LARYSSA BORGES no Terra
Direto de Brasília

Multada duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, teria de sair do Brasil se quisesse obedecer aos "rigores" do Poder Judiciário. A avaliação é do líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que respondeu ao advogado de Dilma e ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Nesta segunda-feira (31), o jurista disse que a pré-candidata, juntamente com seus adversários José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) já estava em campanha, fazendo inclusive promessas para eventuais futuros governos.

"Não tenho autoridade jurídica para contestar o Márcio Thomaz Bastos. Ele sabe do que está falando. A pré-campanha é um tema omisso, e o TSE está sendo muito rigoroso. Para atender os rigores do TSE as pessoas teriam que se mudar do País", comentou o parlamentar.

Na avaliação do líder governista, ainda que pesquisas de opinião, como a feita pelo Datafolha, apontem a ex-ministra da Casa Civil como a mais "desequilibrada" entre os postulantes à presidência da República, será o projeto de governo da petista, uma continuidade da gestão Lula, o critério que levará o eleitorado a elegê-la no pleito de outubro.

"O mais importante, com todas as críticas, é que o Serra só cai nas pesquisas, e a Dilma só está subindo. A escolha é do projeto político. As pessoas podem achar que uma pessoa é mais preparada, mas podem querer a continuidade de um projeto. O que está no embate não é a experiência política. Ele (José Serra) tem experiência, mas é o tipo de experiência que não está interessando o povo brasileiro", disse o deputado.

PPS: Presidência admitiu gastos para promover Dilma

MARIÂNGELA GALLUCCI - Agência Estado

O PPS afirmou hoje que a Presidência da República confessou ao partido ter gasto R$ 3 milhões com viagens que serviram para fazer propaganda a favor da ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com informações do PPS, um documento oficial da Casa Civil da Presidência, enviado ao deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), mostra que a campanha de Dilma recebeu uma injeção de recursos públicos.

"É a prova cabal da utilização da Presidência da República e da Casa Civil para a promoção indevida e ilegal, com dinheiro público, da candidata-ministra Dilma Rousseff", afirmou o parlamentar. Segundo o PPS, a oposição estuda acionar a Justiça para pedir o ressarcimento dos gastos com as viagens.

Segundo informações do PPS, o montante gasto pode ser ainda maior porque a Casa Civil revelou apenas os custos com o pagamento de alimentação, diárias, hospedagens e serviços de telecomunicações, de apoio logístico e de locomoção de veículos terrestres. Conforme o PPS, ficaram de fora despesas com combustível de aeronaves oficiais, locação de veículos aéreos e custo estimado por convidado de cada evento.

O PPS informou que os recursos públicos foram gastos em 26 viagens feitas no período de 1º setembro de 2009 a 19 de fevereiro de 2010. Na época, Dilma ainda era ministra da Casa Civil, mas já era apontada como pré-candidata ao Palácio do Planalto.

Por causa de duas dessas viagens o presidente Lula já foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi multado em R$ 10 mil por ter feito propaganda pró Dilma durante a inauguração do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados/SP (Sindpd/SP), em janeiro. No julgamento prevaleceu o entendimento de que em seu discurso o presidente teria feito cinco menções a Dilma e promovido, de forma indireta e subliminar, a pré-candidatura dela à presidência.

Marina promete tornar transparentes doações na campanha

no Terra

Em debate com 21 blogueiros brasileiros, a pré-candidata à presidência da República Marina Silva (PV) prometeu tornar públicas as doações que receberá na corrida presidencial. "Estamos criando ferramentas para chegar nesse processo de transparência ainda na campanha", afirmou no começo da noite em reunião na sede da pré-campanha, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.

A senadora disse ainda que a internet funciona como forma de compensação de falhas em relação a alianças estaduais e falta de recursos do partido. "Temos essa ferramenta como muito importante para suprir uma parte de nossa dificuldade de acesso aos meios tradicionais (...) em termos do próprio partido, como tempo de TV, coligações", disse.

Coordenador de mídias digitais da pré-campanha, Caio Túlio Costa explicou que um dos objetivos do uso de meios sociais na internet é "trazer pessoas que possam fazer doações para a campanha".

"A gente quer ter uma estratégia (...) de usar o site como um meio de arrecadação online para o esforço conjunto para transformar a campanha em vitoriosa no sentido do voluntariado", afirmou Costa.

A pré-candidata afirmou se inspirar nos passos do presidente americano Barack Obama, que usou a internet para atingir eleitores jovens e "criou mecanismos de transparência de novos controles".

Aécio fala em vitória no primeiro turno de Anastasia

EDUARDO KATTAH - Agência Estado

Na primeira viagem ao lado de Antonio Anastasia (PSDB) após retornar de férias, o ex-governador Aécio Neves disse hoje em Janaúba que confia que o governador e pré-candidato tucano vencerá no primeiro turno da sucessão estadual. Sobre a eleição presidencial, Aécio voltou a manifestar confiança na vitória de José Serra e disse que na composição da chapa tucana nomes de Minas devem ser analisados como possíveis vices do presidenciável do PSDB.

"Estou extremamente confiante na nossa vitória em Minas Gerais com o governador Antonio Anastasia que, acredito, ocorrerá no primeiro turno", disse. "Estou também muito confiante na possibilidade de José Serra vencer as eleições. Porque eles são, no plano estadual e no plano

nacional, os mais preparados candidatos."

Aécio tratou como uma "questão resolvida" a sua decisão de se candidatar ao Senado e não integrar uma chapa puro-sangue tucana na eleição presidencial. Ressaltando que a definição do vice deve ser conduzida por Serra e líderes dos partidos aliados, o ex-governador mineiro afirmou que os nomes do Estado devem ser avaliados.

Ele citou mais uma vez o ex-presidente Itamar Franco (PPS) e considerou o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) como um "belo nome". "Este é um nome extremamente qualificado, com larga experiência política. É um nome a ser avaliado", observou. "Existem nomes mineiros que são citados. Eu não digo que seja uma obrigatoriedade que seja de Minas, mas obviamente os nomes de Minas têm que ser avaliados."

Para Aécio, contudo, a escolha do vice no Brasil se dá em razão mais do perfil dos candidatos, ainda que ele some do ponto de vista político e eleitoral. "O brasileiro vota no candidato à presidência da República."

''Banho de vitória''

O ex-governador e Anastasia participaram de um almoço com cerca de 40 prefeitos da região norte do Estado. Aécio retomou o discurso de que a reeleição do governador irá impedir que haja "retrocesso" em Minas. "Minas não pode retroceder, nós não queremos uma volta ao passado", disse. "Tenho muita confiança de que vamos vencer as eleições em primeiro turno, porque isso interessa não ao PSDB ou aos nossos aliados, interessa a Minas Gerais. Minas não vai querer voltar atrás, quer continuar avançando."

O governador entrou no clima e disse que confia "plenamente" na vitória em primeiro turno. "Teremos aqui um banho de vitória em Minas. Não só a minha reeleição como a vitória do governador José Serra à Presidência."

Israel diz que brasileira está bem e será deportada

RAFAEL MORAES MOURA - Agência Estado

A Embaixada de Israel no Brasil informou hoje, em nota divulgada à imprensa, que a cineasta brasileira Iara Lee, que se encontrava em uma das embarcações do comboio de navios atacados em Israel, está em "boas condições de saúde". Segundo a embaixada, o nome da brasileira constava na lista de passageiros como cidadã norte-americana. Segundo a nota, por volta das 19 horas de hoje, Lee estava com "autoridades israelenses aguardando ser deportada".

"Iara Lee está em boas condições de saúde e recusou a opção de deixar o país voluntariamente", informou a embaixada. De acordo com o texto, o Itamaraty já foi informado pelo embaixador de Israel, Giora Becher.

Israel atacou hoje um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, deixando pelo menos nove mortos, segundo o Exército do país. O ataque ocorreu em águas internacionais no Mar Mediterrâneo, a 128 quilômetros da Faixa de Gaza. Israel defendeu sua ação argumentando que ativistas armados atacaram soldados israelenses enquanto eles eram levados de helicóptero para o convés de um dos navios.

Relatório indica que Irã produziu o dobro do urânio que deveria sair do país


O material é o dobro do necessário para criar ogiva nuclear, diz o documento da ONU.


A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a agência nuclear da ONU, acredita que o Irã produziu quase o dobro da quantidade de urânio enriquecido que os países ocidentais querem que seja retirado do país.

Em um relatório confidencial, cuja cópia foi obtida pela BBC, a AIEA afirma que o Irã estocou quase duas toneladas e meia de urânio com baixo grau de enriquecimento.

De acordo com Bethany Bell, correspondente da BBC em Viena, sede da agência, esta quantidade equivale a duas vezes o necessário para fabricar material nuclear físsil suficiente para uma ogiva nuclear.

Segundo Bell, esta descoberta poderá aumentar ainda mais a oposição do ocidente ao acordo fechado entre o governo iraniano, o Brasil e a Turquia para a troca de urânio com baixo nível de enriquecimento por urânio enriquecido.

O relatório da AIEA afirma ainda que o Irã continua com o processo de enriquecimento de pequenas quantidades de urânio para níveis mais altos, de até 20%.

Síria

Em um outro relatório, a AIEA afirmou que a Síria disse a inspetores da ONU, pela primeira vez, que já fizeram experiências nucleares de pequena escala, que envolveram processamento de urânio.

A agência nuclear da ONU acrescentou que o significado destas experiências ainda não está claro.

Atualmente a agência está investigando alegações de que uma instalação síria, destruída por um ataque israelense em 2007, era um reator nuclear que ainda não estava funcionando

Itamaraty ordena localização de brasileira em barco atacado em Gaza e investigação independente

O Itamaraty ordenou nesta segunda-feira (31) medidas imediatas que permitam a localização da cineasta brasileira Iara Lee, que estava em uma das embarcações que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza, mas foi atacada por Israel. O Ministério de Relações Exteriores não sabe informar o estado da cineasta após o ataque.

Além disso, o Brasil pediu uma investigação independente que esclareça o ocorrido "à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo" e convocou o embaixador de Israel em Brasília para manifestar sua "indignação" pelo "ataque israelense". Leia íntegra aqui

Itamaraty condena ataque de Israel a frota com ajuda para Gaza e determina tomada de ... - O Globo

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Fracassa segunda tentativa de privatizar Banco do Estado do Rio de Janeiro

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O governo estadual fracassou na segunda tentativa de vender o Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj). O Bradesco e o Unibanco, únicas instituições que haviam depositado as garantias, não compareceram hoje (31) para o leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro para a entrega das propostas.

Desta vez, o lance mínimo era de R$ 513 milhões, bem abaixo dos R$ 738 milhões da primeira tentativa, em 2006. O secretário-chefe da Casa Civil do estado, Regis Fitcher, que foi à Bolsa de Valores acompanhar o leilão, disse que agora o governo do estado vai “avaliar a situação".

O Berj representa o passivo do antigo Banerj, que foi comprado pelo Banco Itaú em 1996. Com a privatização do Banerj, o Berj ficou com a folha de pagamento dos servidores ativos e inativos do governo do estado, terrenos na zona oeste do Rio e em São Paulo, além de obras de Di Cavalcanti, Alfredo Volpi e Anita Malfatti, e a carteira de crédito tributário, a qual, segundo o governo do estado, passaria de R$ 3 bilhões.

Para discutir Plano de Governo, Beto Richa vai a municípios do Oeste nesta quarta


O pré-candidato do PSDB ao Governo do Paraná, Beto Richa, vai a Toledo e outros oito municípios do Oeste do Estado nesta quarta-feira (2), para discutir seu Plano de Governo. Lideranças da região entregarão a Richa um documento com 18 propostas para o desenvolvimento social e econômico da região.

Richa participará de encontros suprapartidários também em Ouro Verde do Oeste, São Pedro do Iguaçu, Vera Cruz do Oeste, Ramilândia, Itaipulândia, Diamante do Oeste, São José das Palmeiras e Santa Helena. “Um programa de governo só se mantém de pé se for 100% legitimado pela vontade popular”, afirma Richa. Desde abril, ele visitou 80 municípios e participou de encontros com mais de 15.000 pessoas.

Entre as propostas do documento a ser entregue a Richa estão: estudos de pré-viabilidade para conexão ferroviária Cascavel-Ciudad Del Este-Maria Auxiliadora; o desenvolvimento das hidrovias Paraguai/Paraná e Tietê/Paraná; implantar portos intermodais em Foz nos rios Iguaçu e Paraná; ampliação e revitalização do aeroporto de Foz; duplicação da rodovia das cataratas (BR 469); e duplicação da BR 277 no trecho entre Medianeira e Cascavel .

“Cabe ao Governo do Estado unir suas lideranças políticas e empresariais e atuar como interlocutor junto à União, a fim de que o Paraná seja contemplado com as obras que e com os recursos que, há muitos anos, têm sido subtraídos do Estado na hora de fazer a divisão do bolo federativo”, diz Richa. “Passou a hora de O Estado se levantar contra essa discriminação.”

Para Richa, o Governo do Estado também precisa fortalecer as ações de segurança na fronteira, o que inclui não apenas Foz do Iguaçu, mas toda a região. “Isso deve ser feito com a ampliação dos efetivos da Polícia Militar e com uma parceria eficaz com a Polícia Federal, seja em ações de inteligência ou em operações conjuntas na fronteira.”

BC recebe última parcela de empréstimo que fez a instituições financeiras durante a crise

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A última parcela de empréstimos de dólares do Banco Central para instituições financeiras, no valor de US$ 1,2 milhão, foi liquidada na última sexta-feira (28). A medida, adotada durante a crise financeira internacional, deu condições aos bancos de financiar operações do comércio exterior brasileiro. O BC emprestou US$ 10,9 bilhões.

“Essas operações foram realizadas para permitir a elevação da liquidez [recursos disponíveis] do mercado financeiro e o adequado funcionamento da economia brasileira durante a recente crise financeira internacional”, lembrou o BC, em nota, divulgada hoje (31).

De acordo com o BC, foram feitos 11 leilões, entre outubro de 2008 a abril de 2009, que resultaram em 137 contratos de empréstimos, com 31 diferentes instituições financeiras nacionais. Essas operações possibilitaram o financiamento de mais de 12.500 contratos de adiantamento de exportação e de 197 contratos de outras modalidades, como rolagem de empréstimos e financiamento a importações.

“A ausência de demanda por novos empréstimos a partir do segundo semestre de 2009 e a liquidação antecipada de grande parte dos valores emprestados demonstraram a força da economia brasileira na superação dos impactos sofridos como consequência da crise financeira internacional”, diz a nota do BC.

Governo publica no Diário Oficial corte de quase R$ 7,5 bilhões no orçamento

Daniel Lima e Kelly Oliveira
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O Diário Oficial da União, em edição extraordinária, traz o corte adicional de R$ 7,488 bilhões em despesas discricionárias (não obrigatórias) no Orçamento da União. Mais R$ 125 milhões são cortes dos poderes Judiciário e Legislativo e do Ministério Público Federal, que ainda serão publicados. Com essa elevação, o valor contingenciado das despesas discricionárias soma R$ 28,948 bilhões este ano.

Há ainda R$ 2,4 bilhões em despesas obrigatórias que fazem parte do esforço do governo para manter o crescimento da economia de forma sustentável.

No total, o corte é de aproximadamente R$ 10 bilhões em despesas primárias. Esse bloqueio foi anunciado no dia 13 de maio pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo. A medida total elevou para quase R$ 32 bilhões o contingenciamento no ano.

Esse é mais um instrumento usado pelo governo para manter a inflação dentro da meta, em momento de aquecimento da economia. A meta de inflação é de 4,5%, podendo variar 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Outro instrumento para conter a demanda vem sendo utilizado pelo Banco Central, que em abril elevou a taxa básica de juros de 8,75% ao ano para 9,50% ao ano.

Ao anunciar os cortes, tanto Paulo Bernardo quanto Guido Mantega garantiram que os investimentos e os programas sociais serão mantidos. O governo defende que é absolutamente normal que o Estado tenha papel cíclico ou anticíclico [estimular a economia com injeção de recursos e aumento de investimentos, por exemplo, para equilibrar a economia].

A avaliação do governo é que no primeiro trimestre do ano a economia cresceu muito porque ainda estavam em vigor todos os incentivos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedidos ao setor automotivo e aos eletrodomésticos da linha branca.

Agora, a percepção é que o segundo trimestre não será parecido e tão aquecido. Para o primeiro trimestre, a estimativa de crescimento é entre 2% e 2,5%, que anualizado chega a 8% a 10%. A ordem é agir com cautela e, por enquanto, não se fala em mexer na meta de superávit primário deste ano, de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Aeroportos brasileiros operam no limite, diz estudo do Ipea

Pedro Peduzzi

Repórter da Agência Brasil


Brasília - Um estudo do Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comprovou o que boa parte da população que viaja de avião já sabe: os aeroportos brasileiros não estão dando conta da demanda pelos serviços de aviação civil. E a situação pode piorar, uma vez que o estudo prevê que o mercado doméstico de transporte aéreo aumentará em pelo menos três vezes nos próximos 20 anos, caso o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) cresça num ritmo de 3,5% ao ano.

“Quando a solicitação de pousos e decolagens é maior do que a capacidade máxima de operação dos aeroportos, a solução é deslocar o voo para outros aeroportos ou para outros horários”, disse hoje (31) o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos, ao lançar o estudo Panorama e Perspectivas para o Transporte Aéreo no Brasil e no Mundo.

O estudo, que faz parte da série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, aponta o Brasil como o país de maior potencial de desenvolvimento na área de transporte aéreo entre os emergentes. Campos explica que apesar de a América Latina ter pequena expressão neste mercado, a região é a que tem registrado as maiores taxas de crescimento nesse tipo de transporte.

“Os maiores aeroportos já estão operando no limite. Parte disso se deve aos preços mais acessíveis e ao crescimento da economia brasileira. Há também a influência da complexidade industrial, que está promovendo um crescimento recorde do transporte de mercadorias, tanto no âmbito interno como externo”, disse o pesquisador.

Consultor do Ipea para a pesquisa, Josef Barat explica que 97% de toda a movimentação de passageiros e cargas passam necessariamente pelos 67 aeroportos administrados pela Infraero. “Temos de discutir o futuro dessa empresa. Um fator complicador é o de que não há contrato de concessão entre ela e a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]. E por a empresa não se caracterizar como uma concessionária, a Infraero acaba exercendo o papel de reguladora dela mesma”, argumenta.

Segundo o estudo, nenhum dos dez aeroportos pesquisados tem capacidade para dar conta dos pedidos de pousos e decolagens nos horários de pico. Todos eles estão localizados em cidades que provavelmente sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014.

“Veja a situação em São Paulo. Guarulhos, por exemplo, tem capacidade máxima de fazer 53 operações por hora. No horário de pico a demanda é de 65 pedidos de pousos e decolagens. Em Congonhas a capacidade é de 24, enquanto a demanda é de 34. O aeroporto de Brasília tem capacidade para operar 36 voos por hora, mas possui uma demanda [em horário de pico] de 45 pedidos”, disse.

Em Manaus, a relação tráfego real e capacidade operativa é de 17 para 9. Uma diferença que chega a quase 100%. No aeroporto de Porto Alegre essa relação fica em 14 (capacidade por hora) para 20 (número de solicitações de pousos e decolagens).

Em Curitiba (PR), a capacidade operativa é de 14 voos por hora, e a demanda durante o horário de pico é de 18. Em Natal são feitos 8 pedidos para uma capacidade de 7 pousos e decolagens por hora.

No aeroporto Santos Dummont (RJ), são registrados nos horários de pico 18 solicitações para uma capacidade de 15 voos por hora.

“Claro que se não forem feitos investimentos adequados o país corre risco de não dar conta e enfrentar um apagão”, avalia Barat. “Os aeroportos deveriam se preparar para receber mais passageiros e aviões mais modernos com uma antecedência de 40 anos”, acrescenta.

Ele aponta como fatores restritivos à expansão do sistema aéreo brasileiro os gargalos de infraestruturas aeroportuária e aeronáutica, além da escassez de recursos humanos qualificados em diversos segmentos, e a elevada carga tributária do país. “Os aeroportos com maior crescimento de demanda não recebem vantagens de investimentos na mesma proporção.”

Lula sobre Irã: relações internacionais exigem respeito mútuo

REUTERS

Ao comentar as divergências com os Estados Unidos sobre o acordo de Teerã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que é preciso haver respeito mútuo na política internacional entre países.

Lula lembrou que os EUA tentam um acordo com o Irã há mais de 30 anos e que só depois da intermediação de Brasil e Turquia os iranianos aceitaram negociar.

"A divergência do Irã com os Estados Unidos perdura há 31 anos. Qual foi o mal que fizeram Brasil e Turquia? Foi convencer o Irã a sentar na mesa para negociar, que era o que eles queriam que acontecesse", disse Lula durante a abertura de um evento sobre mobilidade rodoviária sustentável.

"Quando o Irã topa sentar na mesa, eles (EUA) falam: 'não vale mais'. Não é possível fazer política internacional se não houver um respeito mútuo nas nossas relações."

GOLFO DO MÉXICO

O presidente ironizou ainda a demora no controle do grave vazamento de petróleo que ocorre há mais de um mês em um campo da BP no Golfo do México norte-americano.

Segundo Lula, "os grandes" não sabem o que fazer para solucionar o derramamento.

"Os grandes, que sabiam tudo, não sabem como fazer para parar aquele petróleo. Tem que chegar uma nova sonda, fazer um novo poço, para implodir aquele e tampá-lo para parar de sair petróleo", disse Lula, que também fez críticas à cobertura da imprensa internacional sobre o acidente ambiental.

"Imagina se fosse a Petrobras! Imagina se fosse aqui na Baía de Guanabara, o escândalo que o mundo desenvolvido teria feito contra nós. Quantas matérias dizendo que o Brasil não sabe tomar conta do seu nariz", disse Lula, que foi interrompido por aplausos da plateia formada por brasileiros e estrangeiros, entre eles o presidente mundial da Michelin, Michel Rollier.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Fifa define logo para a Copa de 2014 - Extra Online

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Lula defende crescimento sustentável para evitar "efeito sanfona"

SAMANTHA LIMA na Folha.com

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o país não deve crescer além de duas capacidades para poder se expandir com sustentabilidade. Segundo ele, nos últimos anos, o país se mostrou capaz de crescer além do que preveem os economistas, que teriam imposto limites por "imbecilidade".

"Nós aprendemos a gostar da estabilidade do controle da inflação e da distribuição de renda. Acabamos com o PIB potencial, que era uma imbecilidade de economista, de que o país não podia crescer mais de 3%. Aprendemos que é gostoso crescer 4%, 5%, 6%. Não queremos crescer demais porque não queremos ser sanfona, vai a 10% e volta. Queremos crescimento sustentável que dure 10, 15 anos", afirmou.

Lula voltou criticar os países desenvolvidos pela crise econômica e disse que eles deveriam aprender com o Brasil.

"Se o mundo desenvolvido vivia nos dando lição de moral, devia agora, com humildade, vir aprender a fazer política econômica, combinar controle de inflação com distribuição de renda".

O presidente afirmou que não segue o discurso do governo militar de que o bolo deve crescer antes de ser distribuído porque, "sempre aparecia um engraçadinho para comer o bolo antes, e para o pobre só sobrava migalha".

Crédito

Em evento realizado pela fabricante de pneus Michelin, o presidente afirmou que do crédito cresceu cinco vezes nos últimos oito anos e que o governo estuda uma forma de permitir financiamento de caminhões e máquinas agrícolas, usando o próprio bem como garantia.

"A lei não permite isso porque entende que o veículo é o ganha pão do motorista. Ele fica com a garantia da lei, mas não consegue comprar".

Lula disse ainda que "no Brasil ouve tanta coisa equivocada, tanto calote, que só pega dinheiro emprestado quem não precisa de dinheiro". Ele ressaltou a participação do BNDES nas negociações.

O presidente disse ainda que, em relação à Nossa Caixa, determinou que o Banco do Brasil comprasse a instituição, mesmo que isso beneficiasse o governo José serra, pré-candidato do PSDB à Presidência.

"Nós queríamos expandir o crédito do Banco do Brasil. Disseram que o BB não deveria comprar a Nossa Caixa para não dar dinheiro para o Serra, eu respondi: 'Eu não estou preocupado, o BB tem que ser o maior'", afirmou.

Sarney diz que mandou suspender investigações sobre "vidas particulares"

RUBENS VALENTE
DE SÃO PAULO na folha .com

Ao longo da Presidência (1985-1990), o senador José Sarney (PMDB-AP) se reuniu diariamente, às 8h30, com o chefe do SNI, general Ivan de Souza Mendes, e outros funcionários do Palácio do Planalto.

Para o então presidente, contudo, as atividades do SNI estavam "praticamente hibernadas". Leia os principais trechos da entrevista, concedida por e-mail. íntegra Aqui

Governo espionou críticos mesmo após fim da ditadura; veja documentos

Documentos liberados à Folha pelo Arquivo Nacional após 25 anos de sigilo demonstram que o governo do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), espionou os principais focos de críticas na sociedade civil.

As informações são da reportagem de Rubens Valentepublicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra
disponível para assinantes do UOL e do jornal).

O governo interceptou cartas, infiltrou agentes e produziu listas de nome e endereços dos principais protagonistas da oposição.

Entre os investigados estão o PT, os sem-terra, sindicatos, grupelhos de esquerda e membros de entidades como OAB.

Veja, abaixo, os documentos obtidos com exclusividade pela Folha (em formato PDF):

Integra aqui