no Fernando Rodrigues
Em mais um capítulo de sua estratégia de endurecer com as agremiações políticas, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar nesta quarta-feira (9.fev.2011) que vetará o aumento do Fundo Partidário.
No final do ano, os deputados e senadores decidiram aumentar a verba anual que recebem de R$ 165 milhões (valor proposto pelo Executivo) para R$ 265 milhões. Dilma terminou a terça-feira (8.fev.2011) propensa a vetar essa dinheirama para os partidos.
Esse será apenas um dos vários vetos presidenciais ao Orçamento votado pelo Congresso, mas será um dos mais emblemáticos. Ajudará a fixar um pouco mais a estratégia do Palácio do Planalto de endurecer com os políticos quando se trata de benefícios questionáveis do ponto de vista geral da população.
A avaliação geral dos mais próximos a Dilma é que ela está, quase em silêncio, usando a seu favor a imagem de durona com os deputados e senadores. Isso contribuiria para manter sua popularidade intacta com os eleitores –compensando sua falta de loquacidade na comparação com o antecessor, Lula.
O Fundo Partidário é uma verba anual que sai dos cofres do governo diretamente para os caixas dos partidos políticos. É um dinheiro que serve para pagar o dia a dia das agremiações, sobretudo as mais modestas. É com esses recursos que muitas legendas pagam aluguel e salários de seus funcionários.
Haverá choro e ranger de dentes nesta quarta-feira (9.fev.2011) por parte dos partidos. Farão fila para protestar no Planalto, nos ouvidos dos assessores de Dilma. A presidente baterá o martelo ao longo do dia.
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