quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Busca de liderança brasileira vira fiasco em Honduras


Foto por Orlando Sierra - 25.01.2010/AFP
Um dos primeiros desafios do presidente Porfírio Lobo será conseguir reconhecimento para seu governo, já que o processo que resultou em sua eleição foi organizado pelo governo golpista de Roberto Micheletti

Saída de Zelaya e posse de Lobo marcam fiasco do Brasil na tentativa de influir na crise

Maurício Moraes, do R7

No último dia 21 de setembro, o presidente deposto de Honduras entrou escondido no país e foi parar na embaixada brasileira. O abrigo a Manuel Zelaya pôs o Brasil no centro da confusão instalada desde o golpe de 28 de junho. Mas o que parecia ser uma grande oportunidade para afirmar a liderança brasileira na América Latina se tornou um fiasco para o Itamaraty, na opinião de quem acompanhou a crise de perto. Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), por exemplo, o Brasil agiu com "um amadorismo atroz".

Segundo a professora de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Maria Helena de Castro Santos, "o Brasil saiu um pouco chamuscado, já que entrou na história apoiando de maneira pouco cautelosa o Zelaya, que estava forçando uma cláusula não constitucional [o referendo sobre a reeleição]".

A professora se refere à Constituição de Honduras, que proíbe a reeleição dos presidentes. Mesmo contra o Congresso e a Suprema Corte, Zelaya convocou um referendo para modificar a lei - o ato foi visto como influência do presidente venezuelano Hugo Chávez, que fez escola ao mudar a legislação para continuar no poder. Na madrugada da votação, em 28 de junho do ano passado, Zelaya foi sequestrado ainda de pijama pelos militares, que o levaram à vizinha Costa Rica, consumando o golpe de Estado. leia na ÍNTEGRA

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