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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dantas, Kroll e o mistérios do processo italiano.



Por Wálter Fanganiello Maierovitch
Do Terra Magazine

1. Como informou o jornalista Rubens Valente, da Folha de S.Paulo, o banqueiro Daniel Dantas conseguiu, na 5ª Vara Federal de São Paulo, suspender o processo criminal onde é acusado de ser mandante de arapongagens (espionagens com afronta à Constituição e à lei penal) realizadas pela Kroll, uma agência privada de investigações e infinitas trapalhadas.

Dentre as vítimas, destaco Luiz Gushiken, ex-ministro que se opunha a Dantas, e o jornalista Paulo Henrique Amorim (http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/ ), que informava e alertava sobre o embate sujo entre a Brasil Telecom (controlada por Dantas) e a Telecom Italia, com risco de rombo nos fundos de pensões (daí a preocupação do então ministro Gushiken).

O caso Dantas-Kroll, também conhecido policialmente por Operação Chacal, arrasta-se desde outubro de 2004. Isso a demonstrar que a última reforma do Judiciário, que completou cinco anos no último 31 de dezembro, ainda não conseguiu atender ao alerta de Rui Barbosa, na sua célebre Oração aos Moços: “Mas justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta”.

Quem tiver mínima dúvida de que ocorrerá prescrição no processo criminal, com a consequente extinção da punibilidade dos réus, faça uma aplicação no Fundo Opportunity e receba os bônus da ingenuidade.

O processo criminal, por decisão da juíza da supracitada 5ª Vara Federal, ficará suspenso até a chegada de documentos solicitados num dos processos criminais mais escandalosos da história da Justiça italiana.

Sobre o processo italiano, numa apertada síntese, o chefe de segurança da Telecom e da Pirelli, Giuliano Tavaroli, elaborou, ilegalmente, um dossiê com milhares de dados: grampeou e violou sigilos de quase todos os empresários e políticos da Itália. Sua meta era controlar todos, mas não ouve tempo. Por isso, o dossiê só engloba o período de 1997 a 2004.

Tavaroli contou com a ajuda de Marco Mancini, segundo homem da hierarquia do Serviço de Espionagem Militar (Sismi) do Estado italiano.

Mancini era o braço direito do general Nicolò Pollari, chefe do Sismi.Leia na ÍNTEGRA http://maierovitch.blog.terra.com.br/2010/01/06/dantas-kroll-e-o-misterios-do-processo-italiano/

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