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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Durval foi pressionado para não prestar depoimento


Aliados de Arruda ameaçaram Durval: se depusesse, desviaram o foco das investigações para ele e Joaquim Roriz

Governistas fizeram chegar ao ex-secretário de Arruda de que iriam trabalhar para que o depoimento comprometesse a ele e a Joaquim Roriz


Os dois requerimentos apresentados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa para adiar seu depoimento na CPI da Corrupção não foram apresentados por acaso. O adiamento do depoimento sem data marcada reflete o jogo pesado dos governistas, na última tática possível depois que a Justiça manteve a CPI do Mensalão do Arruda e, consequentemente, o depoimento do autor das denúncias que revelaram o esquema de corrupção montado pelo governador José Roberto Arruda (ex-DEM, hoje sem partido) e que envolveu membros do Executivo e do Legislativo local.

Desde sexta-feira, quando a Justiça confirmou que a CPI não foi cancelada, emissários iniciaram uma intensa distribuição de recados a Durval. Deixaram claro que ele não teria o palco da maneira que queria. Os governistas desistiram da ideia inicial de negar quorum ao depoimento de Durval. Isso poderia abrir espaço para que ele reinasse no meio apenas de oposicionistas. Mesmo sem quorum, com a presença da imprensa, poderia ser montado um depoimento informal, que comprometeria ainda mais Arruda. Assim, os governistas mandaram a Durval recados de que, compareceriam, sim, ao depoimento, e de que não deixariam que ele se concentrasse em fazer novas denúncias contra o governador. fizesse novas denúncias contra Arruda. Caso ele não desistisse, fariam valer o nome oficial da CPI, que batizaram de comissão da Companhia de Desenvolvimento do Distrito Federal (Codeplan). E quem comandou a Codeplan no governo Joaquim Roriz foi Durval Barbosa. Enfim, os governistas transformariam a CPI do Mensalão do Arruda na “CPI do Durval”. Leia na ÍNTEGRA

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