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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Agaciel de novo, nos braços do povo?


Ex-diretor geral do Senado distribui calendários, cartazes e adesivos com sua foto e seu nome, mas jura que isso não significa que ela pretenda ser candidato a alguma cargo eletivo


O ex-diretor geral do Senado Agaciel Maia completou, no último dia 10, 33 anos de Senado, em trajetória marcada tanto pela polêmica, com envolvimento com denúncias de trens da alegria e atos secretos, quanto pelo bom trânsito nos bastidores políticos de Brasília. Amigo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), epicentro da maior crise da história da instituição, e apontado em sindicância como um dos responsáveis pela emissão de centenas de atos secretos, as fotos e o nome de Agaciel migraram nas últimas semanas das páginas de política do noticiário para as ruas, em cartazes e adesivos de carro. Com a marca da autopromoção típica dos candidatos a cargos eletivos.

Um sinal de que, em pleno ano eleitoral, uma candidatura estaria a caminho. Afinal, depois de perder o cargo de diretor-geral, Agaciel se filiou ao PTC no início de outubro de 2009. “O futuro a Deus pertence”, despistou na ocasião.

Alguns meses depois, o futuro concedido por Deus materializou-se em cartazes como o que ilustra a reportagem. Ou em adesivos com o endereço do blog de Agaciel ou com os dizeres “Amigos do Agaciel”. O que significa tudo isso? O ex-diretor geral do Senado jurou ao Congresso em Foco, em entrevista concedida na sexta-feira (19) que não quer dizer candidatura. “Não sou candidato a nada”, garantiu o servidor do Senado, instalado em uma sala na Subsecretaria de Pesquisas do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), para onde foi transferido depois de afastado da Diretoria Geral pelo próprio Sarney. Em cima da mesa, chamava a atenção uma coleção de livretos infantis do dinamarquês Hans Christian Andersen, autor de clássicos como "O soldadinho de chumbo", "O patinho feio" e "A roupa nova do Imperador". Leia na íntegra no Congresso em foco

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