domingo, 21 de fevereiro de 2010

Quem paga a conta das campanhas políticas?

Por Raul Christiano

O regime democrático é o melhor de todos, porque ele só se sustenta com a participação do povo na escolha dos representantes para os governos e parlamentos, em todos os níveis. Mas a democracia corre um risco danado quando o comportamento ético e honesto é esquecido ou relegado a um plano inferior. A desconfiança popular e a falta de regras claras iguais para todos também deixam vulneráveis os instrumentos de participação que a democracia garante, se não houver pressão e exigência da própria sociedade para mudar. Chega de dois pesos e duas medidas, como agora no caso dos exemplos pedagógicos de punição a políticos de oposição ao atual governo federal do PT.

Acho curioso esse momento da conjuntura brasileira, com a banalização da impunidade em relação aos desmandos políticos e administrativos, flagrantes de corrupção em várias esferas de governos e partidos, mensalões, dossiês forjados, que as ações punitivas focalizem um lado da história, quando há casos sem solução superlotando o estoque de irregularidades. O tema do momento é oportuno, a poucos meses do início oficial da campanha eleitoral de 2010, e diz respeito à caixa-preta das finanças utilizadas nesse processo.

Neste final de semana, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) conheceu pela imprensa a decisão do juiz da 1.a Zona Eleitoral da Capital, de sentenciá-lo com a cassação do mandato de prefeito por causa do recebimento de doações ilegais nas eleições de 2008. A curiosidade é expressa porque, a exemplo do caso do governador afastado de Brasília, José Roberto Arruda, a sua punição não ocorre pela corrupção, como poderia esperar a sociedade diante das notícias que sempre envolvem a classe política. Leia na Integra no no Blog do Raul

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