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sábado, 20 de março de 2010

Kléber “Bambam”: do BBB para a Câmara dos Deputados?

O vencedor do primeiro Big Brother é apenas uma das várias “celebridades” que tentarão em outubro um cargo político. Ao lado dele, cantores, atores e craques de futebol

Votou no Bambam para ganhar o BBB? Que tal agora elegê-lo deputado? Ele é uma das celebridades que disputarão a eleição

Fábio Góis

Imagine uma sessão na Comissão de Constituição de Justiça da Câmara presidida pelo ex-craque Romário (filiado ao PSB). Em plena apreciação de uma proposta de interesse nacional relatada pelo também ex-jogador Edmundo (o “Animal”, membro do PP). Os dois discutem a inclusão de uma emenda proposta pelo Trapalhão Dedé Santana (PSC), radicalmente contestada pelo cantor e apresentador Netinho (PCdoB). Diante do impasse, o humorista Sérgio Malandro (PTB) pede vistas (um tempo extra para analisar a matéria). Ainda que a imagem acima pareça remeter a um antigo episódio da Escolinha do Professor Raimundo, a situação não é totalmente improvável no ano que vem. Todas essas celebridades não apenas se filiaram a partidos políticos como pretendem disputar em outubro uma vaga na Câmara dos Deputados.

Desde que o cantor Agnaldo Timóteo levou um aparelho de telefone para falar com sua mãe em seu primeiro discurso como deputado federal em 1982, o número de artistas e celebridades que se aventuram no mundo da política só tem aumentado. Se antes do golpe militar de 1964, o máximo de fama fora da política que se poderia esperar eram escritores como Jorge Amado, num Congresso formado, em sua maioria, por profissionais liberais, como médicos e advogados, os novos tempos da era da mídia na redemocratização mudaram os ares da Câmara e do Senado. Se no começo desse período havia artistas com militância política reconhecida, como a atriz Bete Mendes, que integrou a primeira bancada do PT e acabou expulsa do partido por votar em Tancredo Neves na eleição indireta de 1985 no Colégio Eleitoral, agora a opção política das celebridades parece ter se tornado mais banal.Leia íntegra no Congresso em Foco

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