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sábado, 3 de abril de 2010

Ahmadinejad diz que Obama descumpriu lema de mudança

De acordo com presidente do Irã, líder americano 'seguiu pelo caminho de seus antecessores'


EFE
no Estadão.com.br


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad,afirmou neste sábado, 3, que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "chegou com o lema de mudanças, mas seguiu pelo caminho de seus antecessores".

Segundo a agência local de notícias "Mehr", Ahmadinejad fez esta declaração durante o ato da inauguração de uma fábrica de matéria-prima para a construção de aço na província de Kerman no centro do Irã.

"Obama veio com o lema de (introduzir) mudanças e nós o recebemos com beneplácito, mas infelizmente na prática vimos que está seguindo o mesmo método de antes", afirmou.

Vale lembrar que o lema pregado por Obama durante as eleições presidenciais, e adotado por pessoas em todo o mundo, foi a frase "Yes, we can", numa alusão às mudanças que poderiam ser realizadas nos Estados Unidos e em outros países.

O iraniano acrescentou que o colega americano "afirmou que seu país estendeu a mão para o Irã e que o povo e o Governo iraniano a rejeitou".

"Mas é preciso perguntar que mudança os EUA introduziram, por isso que espera agora a resposta do povo iraniano", disse.

Ahmadinejad também afirmou que "os EUA dizem que tentavam tirar o povo iraniano do isolamento, mas deve saber que o Irã e seu povo não estão marginalizados".

"Esperávamos que (Barack) Obama introduzisse mudanças em suasposturas e em sua linguagem", disse.

Obama emitiu no dia 21 de março uma mensagem de felicitação ao Irã por causa do ano novo persa em que reiterou que seu país tem a mão estendida ao Governo iraniano.

"Ano passado tínhamos estendido a mão ao Governo iraniano, mas o Irã a rejeitou, seguimos com nossa proposta, respeitamos o Irã e reconhecemos seus direitos, no entanto o Governo do país tem compromissos internacionais que deve cumprir", disse Obama.

O presidente americano acrescentou que o Governo de Teerã respondeu a mão de amizade dos EUA com o mesmo punho fechado com que respondeu à reivindicação da democracia de seu próprio povo nos últimos oito meses.

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