SOLDADO FIEL
Vaccari recusou acareação com Funaro (no detalhe) para esclarecer acusação de suborno: "Tenho de consultar o partido"
O tesoureiro do PT confirma reunião com operador do mensalão, mas não revela o teor da conversa. O operador já disse que o tema era propina
Na semana passada, ao falar pela primeira vez em público sobre as suspeitas de desvios na Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não parecia aquele cidadão de pavio curto que, sem nenhum constrangimento, debita na conta de pais de família as fraudes financeiras praticadas pela entidade durante sua gestão. Didático, negou a existência de irregularidades e se disse vítima de perseguição do promotor que investiga o caso. O depoimento, que durou quatro horas, só não foi completamente inútil porque alguém se lembrou de interpelar o tesoureiro sobre outra acusação tão escabrosa quanto a da Bancoop. Em 2004, enquanto fazia as tramoias na cooperativa, Vaccari também recolhia dinheiro para o caixa do mensalão. Em depoimento ao Ministério Público Federal e à Procuradoria-Geral da República, o corretor Lúcio Funaro contou que o tesoureiro petista cobrava propina para intermediar negócios com fundos de pensão comandados por seus colegas de partido. E poderia certificar que isso é verdade porque ele mesmo, Funaro, ouviu a proposta do próprio Vaccari em uma reunião da qual participou também o deputado Valdemar Costa Neto, o mensaleiro do PR. Assinante leia íntegra na Veja
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