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domingo, 2 de maio de 2010

Em festa sindical, Marina critica polarização PT/PSDB nas eleições

A senadora do PV e pré-candidata ao Planalto rechaçou o clima plebiscitário no Brasil

Wellington Bahnemann

A senadora Marina Silva, pré-candidata do Partido Verde ao Planalto, criticou a polarização da disputa presidencial entre os pré-candidatos Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB.

Em evento comemorativo do Dia do Trabalho, do qual antes haviam participado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, Marina disse que a polarização cria divisões que não permitem discutir o essencial em uma disputa eleitoral. "Num plebiscito, você cria falsas divergências entre quem tem medo de divisão e quem tem medo de entreguismo, entre o melhor e o pior currículo. Mas se há um processo político, discute-se o que interessa ao Brasil, que é educação de qualidade e recursos naturais", afirmou a senadora, que também foi ministra do Meio Ambiente de Lula.

Marina reforçou que o PV posiciona-se contra um plebiscito e pretende promover um processo político nas eleições deste ano.

Ao comentar o ocorrido com o ex-ministro e deputado federal Ciro Gomes, Marina disse que foi criada uma operação de guerra para inviabilizar a candidatura do político do PSB e que isso não é bom para a democracia. "Infelizmente, as pessoas falam de democracia, mas essas mesmas pessoas não têm coragem de enfrentar as consequências", disse.

Segundo Marina, mesmo correndo-se o risco de não ser o escolhido numa eleição, é preciso permitir a oferta de mais possibilidade para a sociedade.

Ao comentar a polêmica envolvendo o patrocínio de empresas estatais em eventos comemorativos do Dia do Trabalho dos quais o presidente Lula e a pré-candidata Dilma participaram - a própria Marina participou de um desses eventos -, a senadora disse não ver problemas no patrocínio de estatal, desde que tudo esteja dentro da legalidade e das normas das empresas. "O problema é quando não há transparência no patrocínio e fere os princípios constitucionais", disse.

Marina participou no início da noite das comemorações do 1º de Maio unificado, promovido pela União Geral dos Trabalhadores, Nova Central Sindical e Central de Trabalhadores do Brasil. Entre as estatais, patrocinaram as comemorações a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Do lado do setor privado, os patrocinadores foram Telefônica, Casas Bahia, Bradesco, Itaú, Via Venetto, Santander, Colombo, Besni, Sinal, Marabraz, Sonda e Marisa. Segundo os organizadores, o evento custou R$ 1,5 milhão.

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