sábado, 19 de junho de 2010

''Não temos alternativa a não ser usar a criatividade''

Lucas de Abreu Maia - O Estado de S.Paulo

Político com história no PSDB, Fabio Feldmann filiou-se ao PV em 2005. Hoje, será lançado como alternativa aos 16 anos de administração tucana em São Paulo. Foi deputado federal (1986-1998), candidato à Prefeitura paulistana (1996) e secretário estadual de Meio Ambiente no governo de Mário Covas. Este ano, porém, subirá ao palanque apoiado por Marina Silva. Feldmann tem como principal bandeira a transição para uma economia de baixo carbono. "São Paulo tem que aproveitar as oportunidades que já temos", diz ele.

A eleição em São Paulo tem se polarizado entre PT e PSDB. Como o sr. pretende driblar essa polarização?

Existe espaço para um desenvolvimento baseado em conhecimento, em serviços, no turismo - atividades que podem gerar muitos postos de trabalho. Temas que normalmente são colocados como periféricos pelos outros candidatos serão prioritários para fazer esta transição.

No ano passado, José Serra lançou a Política Estadual de Mudanças Climáticas. Esta transição já não estaria em curso?

Fui um dos que elaborou a legislação. Portanto, acho que foi muito importante o apoio do governador Serra à emenda proposta pelo PV (que estabeleceu meta de redução de 20% nas emissões de carbono). Mas São Paulo precisa realmente implementar esta meta, e temos pouco tempo para isso.

Como compensar o pouco tempo de televisão sem alianças com outros partidos?

Não temos alternativa a não ser usar toda a criatividade. É possível colocarmos as candidaturas do PV, tanto presidencial quanto para o Estado, como alternativas reais. Embora todos pretendam usar as mídias digitais, o PV é favorecido, porque os jovens, que têm simpatia a nossa candidatura, são mais familiarizados com esta mídia.

Haverá integração com a campanha presidencial de Marina?

Sim, e com outras também. Para o PV, o conteúdo da campanha é muito importante. Os outros candidatos, até por ocuparem máquinas partidárias muito fortes, têm menos preocupação em colocar propostas.

O sr. já pensa quem apoiaria em um segundo turno?

Não. Naturalmente penso que PSDB e PT poderiam me apoiar.



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