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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Petróleo sobe após auxílio-desemprego nos EUA


CLARISSA MANGUEIRA Agencia Estado

NOVA YORK - Os contratos futuros do petróleo operam em alta, com a queda no número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, divulgada mais cedo, se contrapondo a indicadores econômicos negativos, anunciados na quarta-feira, que levaram os preços da commodity em direção a uma mínima em dois meses.

Às 11h15 (de Brasília), o contrato de petróleo com entrega para outubro subia 1,23%, para US$ 73,42 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent tinha ganho de 2,12%, para US$ 75,02 o barril.

O Departamento do Trabalho dos EUA afirmou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego recuou 31 mil na semana até 21 de agosto, após ajustes sazonais, para 473 mil solicitações. Os economistas ouvidos pela Dow Jones previram uma queda de 10 mil pedidos.

O constante aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nas últimas semanas tinha abalado a confiança na recuperação econômica, levando o petróleo para uma mínima em três semanas na quarta-feira, de US$ 70,76 por barril.

Os contratos futuros subiram para US$ 73,76 por barril após a divulgação dos dados dos pedidos de auxílio-desemprego, mas os fortes números não conseguiram apagar completamente as dúvidas sobre a recuperação da economia, fator que irá desempenhar um papel importante na determinação da demanda de petróleo no futuro.

A recuperação irregular manteve os estoques de petróleo e produtos refinados altos nos EUA. O Departamento de Energia do país disse na quarta-feira que os estoques de petróleo dos EUA subiram 4,108 milhões de barris na semana encerrada no dia 20 de agosto, para 358,282 milhões de barris, o maior nível em 27 anos. Os estoques de gasolina aumentaram 2,273 milhões de barris. Os analistas esperavam queda de 200 mil barris e 500 mil barris, respectivamente.

O crescimento dos estoques e a incerteza sobre a força da economia mundial devem continuar a pressionar os preços do petróleo. Se a alta desta quinta-feira sinaliza o início de um rali, uma média de US$ 70 por barril representa um limite provável.

Ganhos adicionais também dependerão do desempenho do preço das ações, visto que o complexo petrolífero continuará a acompanhar o desempenho das bolsas, disse Jim Ritterbusch, presidente da consultoria Ritterbusch & Associates. Os operadores utilizam as bolsas como um indicador de desempenho da economia no futuro. As informações são da Dow Jones.

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