Quem viu Osmar Dias chorando copiosamente no comício de Foz do Iguaçu, emocionado por ter sido elogiado por Lula, que disse ter identificado em “sua pupila”, que ele é um cara bom, honesto e leal, pode pensar que o presidente não conhece tudo o que o senador já disse sobre ele.
Em 7 de novembro de 2005, durante o escândalo do mensalão, Osmar bradou na tribuna do Senado: “pude viajar e ver de perto a angústia e a agonia das pessoas que tinham esperança no governo e que agora estão assistindo ao governo se deteriorar e se desmanchar diante de tantas denúncias de corrupção que ele não consegue explicar.
O senador, que não segurou as lágrimas agradecidas com os elogios do presidente, tinha outro tipo de reação as palavras de Lula “Não agüento mais o presidente Lula, com cinismo, dizer que o denuncismo vazio tem que acabar no País, quando há provas concretas de desvio de dinheiro público”.
O mesmo senador que não suportava o cinismo de Lula e agora chora ao ouvir suas palavras e enxuga as lágrimas no ombro de Dilma Rousseff afirmava, e continua afirmando, que é um homem que não muda nunca. “Não mudei a forma de pensar. Continuo pensando da mesma forma, continuo pensando igualzinho.”
No Fábio Campana
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