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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Eu ainda não escolhi o ministro da Saúde", diz Dilma


no uol

A presidente eleita Dilma Rousseff disse na tarde desta quarta-feira (1º) aos fotógrafos e cinegrafistas que registravam uma reunião setorial que ainda não havia escolhido o novo ocupante do ministério da Saúde --hoje nas mãos de José Gomes Temporão.

 “Eu ainda não escolhi o ministro da Saúde”, disse Dilma no início da reunião em Brasília. O ex-ministro da Saúde e diretor do Hospital do Coração, Adib Jatene, e Temporão participam do encontro, que conta com a presença de deputados, secretários de saúde estaduais e especialistas na área.

A afirmação contraria o que anunciou nesta última terça-feira (30) o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de que o escolhido seria o secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes.
"Já foi feito o convite via presidente. Eu o consultei e ele aceitou, mas é evidente que ele vai ter que sentar com a presidente [Dilma Rousseff] e conversar", disse Cabral durante cerimônia de inauguração de uma UPP no Rio de Janeiro.
"Ela [Dilma] foi muito enfática na campanha na admiração do trabalho que nós realizamos aqui na área da saúde pública. O Sérgio Côrtes provavelmente será o ministro da Saúde. Para nós, será uma honra. A equipe [da secretaria de Saúde fluminense] continua a mesma", afirmou Cabral. Ele chegou a informar que Côrtes seria substituído no cargo por Monique Fazzi, atual subsecretária executiva da pasta.
O deputado federal e um dos coordenadores da equipe de transição José Eduardo Cardozo (PT-SP) confirmou a decisão de Dilma. “A presidente informou que não escolheu ainda quem será o ministro da Saúde. Não houve escolha e ela não fez consideração por nomes durante a reunião”, afirmou.
Cardozo disse que a presidente irá escolher alguém com o perfil “inovador e transformador” e “que tenha formação e experiência anterior”.

Cota pessoal

Mais cedo nesta quarta-feira, o vice-presidente eleito e presidente do PMDB, Michel Temer, disse que a legenda quer garantir quatro ou cinco ministérios e que as escolhas de Côrtes (Saúde) e Nelson Jobim (Defesa) seriam da “cota pessoal” de Dilma e não do partido aliado do PT.
“O Sérgio Cabral me telefonou hoje pela manhã para dizer que, na verdade, o ministro da Saúde indicado por ele foi uma cota pessoal da presidente Dilma. Ele disse: Ô Temer, não procurei ninguém porque isso foi cota pessoal. Ela me chamou, queria um técnico para a saúde, disse que apreciava muito o trabalho do Sérgio Côrtes e, portanto, entrava na cota pessoal dela, como a Defesa. Então, o PMDB está muito tranquilo em relação a isso”, afirmou Temer.

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