A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quinta-feira (1º) as políticas monetárias expansionistas adotadas por países desenvolvidos para enfrentar a atual crise econômica internacional.
"Nos preocupamos com o tsunami monetário" que alguns países estão fazendo, disse Dilma em cerimônia em Brasília. A presidente disse ainda que as condições de concorrência comercial hoje são adversas devido à guerra cambial.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também criticou a "guerra cambial", aocomentar a decisão de estender o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para empréstimos externos com prazo de até três anos. Até então, essa alíquota incidia sobre as operações de até dois anos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º).
"O governo não ficará assistindo impassível a essa guerra cambial. Nós temos que nos defender”, disse Mantega, em entrevista coletiva. “O governo continuará tomando medidas para que o real não se valorize [excessivamente] prejudicando a produção brasileira”, acrescentou.
Segundo Mantega, a eficácia das medidas adotadas “tem sido notada ao longo do tempo”, mas o governo não cogita taxar Investimento Estrangeiro Direto (IED) e a alíquota zero de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações em ações "vai continuar assim".
O objetivo da extensão do IOF sobre empréstimos no exterior é reduzir o ingresso de dólares no país, cuja cotação em relação ao real chegou a ficar abaixo de R$ 1,70 nesta semana.
Essa medida, segundo fonte da equipe econômica, serve para diminuir a tomada de crédito no exterior de instituições financeiras e empresas e reduzir a entrada de dólares que tem acelerado a valorização do real.
Com menos dólar entrando, a tendência é o dólar parar de se desvalorizar em relação à moeda brasileira.
Em abril do ano passado, o governo já havia elevado de um para dois anos o prazo da incidência do IOF a 6%.
(Com informações da Reuters)
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