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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Japão aprova plano de crescimento até 2020

País quer reduzir a dívida pública, a maior do mundo e acabar com a estagnação do crescimento


Efe

TÓQUIO - O governo do recém nomeado primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, aprovou nesta sexta-feira, 19 uma nova estratégia de crescimento até o ano de 2020 para criar mais demanda e emprego e fortalecer a saúde fiscal do país com a maior dívida pública do mundo.

A apresentação deste ambicioso plano, com o horizonte do ano fiscal que termina em março de 2021, tem a intenção de frear problemas endêmicos da segunda economia mundial, como a deflação, a estagnação do crescimento e uma dívida pública que já é o dobro do Produto Interno Bruto (PIB).

A chegada desta estratégia de crescimento coincide com a convocação de eleições parciais ao Senado, marcadas para o dia 11 de julho e com a apresentação do programa do governante Partido Democrático (PD) que destaca a política fiscal e não descarta uma alta do imposto sobre o consumo.

Na apresentação de seu plano, Kan disse que "se não nos esforçamos em reconstruir as finanças da nação, uma instituição como o Fundo Monetário Internacional (FMI) poderia acabar controlando cada coisa que fizermos" e acrescentou: "devemos reabilitar as finanças por nós mesmos", informou o jornal Nikkei.

O PD, que encerrou em setembro mais de meio século de domínio conservador do Partido Liberal-Democrata (PLD), enfrentou no início de mês a renúncia do primeiro-ministro Yukio Hatoyama, a quem Kan substituiu no último dia 8 de junho.

O novo Executivo quer centrar suas políticas "na saúde fiscal sem descuidar as políticas sociais", segundo disseram fontes governamentais.

Concretamente, para o ano fiscal de 2020 o Japão espera assegurar um crescimento anual de seu PIB em 2%, quer que os preços subam de maneira estável a partir de 2011 e espera a criar demanda em novos setores no valor de 123 trilhões de ienes (1,09 trilhões de euros) e 5 milhões de postos de trabalho.

Os setores estratégicos do plano serão o meio ambiente, com o objetivo de alcançar o plano de redução de emissões em 25% em 2020 em relação aos níeis de 1990; a saúde, para dar serviços a uma população cada vez mais envelhecida; e o turismo.


fonte: Estadão

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