terça-feira, 30 de julho de 2013

Coppe participa do projeto do submarino nuclear brasileiro


da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou hoje (30) o Laboratório de Tecnologia Sonar (LabSonar), que vai atuar, junto com a Marinha, no desenvolvimento de tecnologias de detecção e classificação de ruídos dos motores de navios, para a proteção da costa brasileira.
O professor José Seixas, coordenador do LabSonar, disse que o projeto do submarino nuclear brasileiro, o principal desafio do laboratório, traz a oportunidade de grande desenvolvimento tecnológico para o país. “O LabSonar surge em um momento interessante, em que não só a Marinha resolveu construir esse aporte considerável de submarinos, incluindo essa parte nuclear, como vem se sedimentando uma ideia de que o Brasil hoje é um parceiro bem diferenciado nesse cenário internacional”, disse.
Entre os desafios tecnológico que o LabSonar vai trabalhar, estão a fusão de dados, processamento estocástico de sinais, estatística de ordem superior, separação cega de fontes, inteligência computacional, engenharia de software e sistemas embarcados, congregando os programas de engenharia elétrica e oceânica do Coppe.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, almirante-de-esquadra Wilson Barbosa Guerra, explicou que o projeto do submarino nuclear tem como desafio construir uma embarcação tipicamente brasileira. “Nós vamos construir junto com a França quatro submarinos convencionais, esse é um projeto francês e nós temos índices de nacionalização. Mas o maior desafio é nós projetarmos. Então, hoje nós temos engenheiros que passaram dois anos no Coppe fazendo especialização e dois anos na França, e hoje estão em São Paulo projetando”.
De acordo com ele, a fase inicial e os testes de exequibilidade do projeto já foram aprovados pela Marinha, como tamanho, modelagem de deslocamento e engenharia de construção. Nos próximos dois anos serão tomadas algumas decisões, como o modelo do sonar a ser usado. O submarino nuclear brasileiro deve ficar pronto em 2025.
A cooperação entre o Coppe e a Marinha começou na década de 1980 e já possibilitou a instalação de sonares em submarinos brasileiros na década de 1990. O projeto atual vai construir um sonar passivo, que detecta os ruídos no ambiente marinho. Para o futuro, podem ser feitos também sonares ativos, que emitem sinais para detectar os objetos por meio da reflexão do som.

Ajuda para compra de TV digital deverá ter bônus e juros baixos


da Agência Brasil
 
Brasília – O governo estuda a concessão de bônus e crédito com juro menor para subsidiar a compra de televisores ou conversores de TV digital pela população de baixa renda, para possibilitar o desligamento a partir de 2015. Segundo o secretário executivo interino do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, o paradigma estudado é o do Programa Minha Casa Melhor, que concede financiamento para a compra de móveis e eletrodomésticos pelos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida.
“O bônus que só poderia ser usado em determinados estabelecimentos comerciais para compra de um determinado produto, como um aparelho de televisão ou um set top box [conversor]”, explicou Lins. O decretoque antecipa de 2016 para 2015 o início do desligamento do sinal analógico da televisão aberta foi publicado hoje (30) no Diário Oficial da União. O calendário de desligamento da TV analógica, que será substituída pela digital, deve ser definido por portaria, a ser publicada nos próximos dias.
O valor do incentivo para a compra do televisor digital ou do conversor necessário para receber o sinal digital ainda não foi definido e vai depender do número de municípios que for incluído no calendário de desligamento. O orçamento poderá vir tanto do Ministério das Comunicações quanto do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, disse Lins.
Atualmente, o ministério trabalha com a possibilidade de desligar o sinal analógico em 730 municípios em 2015, mas este número pode cair, porque estão sendo buscadas outras formas de liberar a faixa de 700 mega-hertz, que hoje é ocupada por canais de televisão analógica e deverá ser usada para disponibilizar acesso à internet de alta velocidade.
O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, considerou positiva a diluição do prazo de desligamento do sinal analógico, que agora ocorrerá entre 2015 e 2018 e não mais em um único ano, como previsto anteriormente.
Ele defende que o desligamento seja feito inicialmente nas cidades que receberam o sinal digital primeiro: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
“O desligamento tem que seguir a lógica da implantação, e levar em conta a densidade das cidades, para ajudar a dar escala à indústria de receptores e de set top boxes”, acrescentou Slaviero. Para ele, o governo precisa também de um plano efetivo para que a população não fique sem o sinal de TV aberta.
Edição: Nádia Franco

Papiloscopistas protestam em frente ao Palácio da Alvorada


da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 100 papiloscopistas protestaram no começo da noite de hoje (30) em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial da presidenta Dilma Rousseff, para que ela sancione o projeto de lei que inclui a categoria no rol de peritos oficiais. Atualmente, fazem parte da lista médicos-legistas, odontolegistas e peritos criminais.
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 244/2009, de autoria da então senadora Ideli Salvatti, atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais, foi aprovado no Senado no começo de julho e tem até quinta-feira (1°) para ser sancionado, com ou sem vetos, pela presidenta.
Os papiloscopistas são responsáveis pela perícia nos locais de crimes, identificação de cadáveres, retratos falados e emissão de passaportes, entre outras atribuições. “Vamos continuar fazendo o que já fazemos. O projeto não inova nada. O que acontece é que a uma lei de 2009 nominou três classes de peritos e nós, que fazemos parte dessa categoria, ficamos de fora”, disse o presidente da Federação Nacional dos Profissionais em Papiloscopia e Identificação (Fenappi), Antonio Maciel Aguiar Filho.
Segundo o dirigente, a sanção da lei vai dar segurança jurídica aos laudos produzidos pelos papiloscopistas, que em alguns estados têm sido questionadas na Justiça.
O grupo começou o protesto em frente ao Palácio do Planalto, mas se deslocou para a residência oficial, onde Dilma está trabalhando enquanto se recupera de uma gripe. Os papiloscopistas carregavam velas acesas e fizeram orações em frente ao espelho d'água na entrada do prédio. O grupo pretende manter os protestos até quinta-feira, prazo final para a sanção.
Segundo Maciel, em todo o Brasil há 9 mil papiloscopistas, nas polícias Civil e Federal.

Crea aponta riscos de construção de bairro no Campo da Fé sem planejamento adequado



da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A construção de um bairro popular no terreno de Guaratiba, na zona oeste da cidade, onde estava sendo preparado o Campo da Fé (Campus Fidei), que abrigaria eventos da Jornada Mundial da Juventude, pode gerar graves riscos para a população, alertou hoje (30) o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ). Por causa das chuvas, que deixaram o terreno encharcado, a vigília de sábado (27) e a missa de domingo (28) foram transferidos do Campo da Fé para a Praia de Copacabana
Em nota à imprensa, o Crea ressaltou que o terreno, de 1,7 milhão de metros quadrados, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, pretende transformar em bairro, está situado em uma área de mangue e, por isso, fica sujeito a alagamentos, se não for devidamente estruturado e preparado para receber edificações. Segundo o conselho, o que ocorreu com o terreno com as chuvas da semana passada foi "apenas uma amostra" do que poderá ocorrer no futuro se não houver planejamento adequado e não for criada uma infraestrutura de engenharia capaz de suportar redes de drenagem, de água, de esgoto, ruas e construção de casas.
O Crea destaca que é necessário "um projeto estrutural, um projeto executivo" e uma avaliação bem feita dos custos, "para ver se o investimento compensa os riscos futuros”. A nota do Conselho de Engenharia lembra episódios recentes, como o dos prédios que foram construídos em um terreno frágil em Niterói, na região metropolitana do Rio, que acabaram destruídos antes de ser ocupados pelos moradores, porque não tiveram projetos adequados.
“Construir em áreas de mangue e terrenos argilosos exige altos custos e investimentos. Portanto, há que se levar em consideração a questão custo e benefício”, destacou o Crea. Na nota, o conselho diz que está à disposição das autoridades municipais e estaduais e da sociedade, em geral, para dar a contribuição que for necessária ao processo.

Aneel autoriza reajustes de energia para Santa Catarina e Pará


da Agência Brasil
Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (30) o reajuste tarifário das empresas Celesc Distribuição e Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica (Ienergia), em Santa Catarina, e Jari Celulose, Papel e Embalagens, no Pará. As novas tarifas entrarão em vigor no dia 7 de agosto.
Para a Celesc, que atende a 2,5 milhões de unidades consumidoras localizadas em 260 municípios de Santa Catarina e um do Paraná, o aumento será 12,9% para as residências e 14,07% para as indústrias.
Os consumidores residenciais atendidos pela Ienergia terão reajuste de 5,87% e os industriais, de 10,01%. A distribuidora atende a 33 mil unidades consumidoras localizadas nos municípios catarinenses de Xanxerê, Xaxim, Marema, Entre Rios, Bom Jesus e Lageado Grande.
A empresa Jari teve aprovado um reajuste de 2,55% para todas as categorias de consumidores. A Jari é uma produtora independente de energia, com autorização para atender a 2,9 mil unidades localizadas nas localidades próximas à fábrica de celulose de sua propriedade: distrito de Monte Dourado e vilas de Munguba, Planalto e São Miguel, pertencentes ao município de Almeirim, no estado do Pará.
O reajuste é anual e calculado de acordo com a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) e o fator que subtrai os ganhos de produtividade e outros custos como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais.

sábado, 27 de julho de 2013

Entenda como funciona o golpe da pirâmide financeira


Portal EBC
Pirâmide financeira ou esquema em pirâmide é um modelo comercial que depende basicamente do recrutamento de outras pessoas em níveis insustentáveis. Eles existem há pelo menos um século e atualmente podem estar mascarados com o nome de marketing de rede ou multinível. O marketing de rede opera dentro da legalidade e se confunde muito com a pirâmide.
Segundo o Ministério da Fazenda, o Brasil proíbe qualquer tipo de negócios em pirâmide. A a lei 1.521 de 1951 aponta que é crime contra a economia popular, com possível punição de 6 meses a 2 anos de detenção, "obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes)".

Uma pessoa pode identificar que está diante de um golpe quando o indivíduo faz um único pagamento e recebe, a partir de então, a promessa de retornos exponenciais. Na maioria dos casos, somente o idealizador do golpe ou poucas pessoas ganham com a manobra financeira. Quem fica na pior situação são aquelas pessoas na base da pirâmide, que entraram no plano, mas não são capazes de recrutar outros seguidores.
O marketing multinível, que opera dentro da lei, trabalha com o recrutamento de pessoas para vender, divulgar ou consumir um produto. Além disso, aqueles que selecionam pessoas para vender ou representar seus produtos também podem receber uma comissão. Nesse caso, uma alternativa para o investidor descobrir se está diante de um negócio legal, é verificar se a empresa em questão obtém pelo menos 70% de sua renda a partir das vendas a varejo para não-membros.
De acordo com Amaury Oliva, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, o consumidor deve estar atento a ofertas de dinheiro fácil. “O esquema de pirâmide é um golpe antigo e melhor remédio é a informação do consumidor. Quando a pirâmide se quebra, o prejuízo afeta todos os investidores. É preciso ficar atento a rentabilidades atraentes, com promessa de ganho rápido e pouco risco. Não existe dinheiro fácil”, afirma. Ele explica também que a diferença básica entre marketing de rede e pirâmide financeira é que esta não é sustentável a longo prazo e pode implicar em grandes perdas financeiras.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Representação política e interesses particulares na saúde


 ESTUDO INÉDITO, FEVEREIRO DE 2010 

Leia aqui o estudo Representação política e interesses particulares na saúde:o caso do financiamento de campanhas eleitorais pelas empresas de planos de saúde no Brasil, realizado pelos doutores Mário Scheffer e Lígia Bahia.

Lewandowski suspende processo de cassação de Afif do cargo vice-governador de São Paulo


Da Agência Brasil
Brasília - O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, suspendeu o processo de cassação do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Ele estava sendo processado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pela dupla vinculação pública, uma vez que assumiu o posto de ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do Executivo Federal em maio deste ano.
Lewandowski atendeu à reclamação apresentada nesta semana por Afif, na qual o político alegava irregularidades no processo de sua cassação. O ministro do STF concedeu a liminar por entender que a assembleia paulista está desrespeitando decisão anterior do Supremo que anulou regras da Constituição local relativas a processos envolvendo autoridades suspeitas de crimes de responsabilidade.
No julgamento usado como referência, o STF definiu que as regras sobre o assunto só poderiam ser definidas pela União, e não pelos estados e municípios. "Na espécie, os atos impugnados parecem não apenas ter restaurado, como ido além das normas constitucionais paulistas, já fulminadas pelo Supremo Tribunal Federal", destaca o ministro.
Lewandowski concedeu a liminar na condição de plantonista. Nesta semana, ele é responsável por analisar as questões urgentes que chegam à Corte. O relator do caso é o ministro Luiz Fux, que receberá o processo a partir de agosto.

Petroleiros da Bacia de Campos entram em greve por suspensão do pagamento de hora extra


Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Funcionários da Petrobras que trabalham embarcados na Bacia de Campos, no norte fluminense, aderiram à greve de 24 horas, em protesto contra a suspensão do pagamento de repouso semanal remunerado e de horas extras. Até agora, 37 plataformas tiveram suas operações paralisadas parcialmente e duas totalmente.
No início da greve, as plataformas P-07, P-15 e P-35 aderiram à greve. No início da tarde, a P-15 retomou as atividades e, durante o tempo em que ficou parada, mais de 2 mil barris de petróleo deixaram de ser produzidos. Até agora, 39 plataformas estão participando da greve e nove unidades permanecem fora do movimento.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, José Maria Rangel, “a adesão é grande, em torno de 90%. Todos os trabalhadores estão paralisados e o sindicato orientou que os únicos trabalhos a serem desenvolvidos fossem os de segurança e de habitabilidade”, explicou.
A Petrobras informou, em nota, que “tem como prática nesse tipo de mobilização tomar todas as medidas necessárias para garantir a normalidade das operações da companhia, de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades da empresa e ao abastecimento do mercado, sendo mantidas as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações da companhia.”

Empresários repudiam veto à extinção de multa extra do FGTS


da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, no último dia 3, que extinguia a multa extra de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para demissões sem justa causa foi repudiado por várias entidades empresariais e sindicais. O veto foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25).
A contribuição adicional de 10% foi incorporada à multa de 40% do FGTS para funcionários demitidos sem justa causa em 2001, devendo ser paga pelo empregador ao governo e não ao empregado. A contribuição extra foi criada para ajudar a corrigir o desequilíbrio existente entre a correção dos saldos das contas individuais do FGTS, resultante dos Planos Verão e Collor I, e o patrimônio do fundo. A lei, entretanto, não estabeleceu prazo para o fim da cobrança dos 10%, nem o vinculou à solução do desequilíbrio do fundo.
Em nota conjunta, os sindicatos das Empresas de Asseio e Conservação do Distrito Federal e das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal asseguraram que “não é justo que o empresariado brasileiro seja onerado ainda mais do que com as contribuições já previstas em lei”.
As duas entidades lembraram que as contas do FGTS foram reequilibradas em julho de 2012, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e que as parcelas recolhidas de forma indevida desde então ultrapassam R$ 2,7 bilhões. “Diante disso, fazemos um apelo ao Congresso Nacional que haja com justiça e derrube o veto da presidente, permitindo a manutenção de milhões de empregos”, diz a nota.
Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a manutenção da multa extra de 10% do FGTS “está na contramão do compromisso do governo federal de incentivar a competitividade e reduzir a carga tributária do Brasil. Hoje, a carga consome 37% das riquezas aqui produzidas”. Na avaliação da entidade, o veto da presidenta Dilma acaba oficializando uma cobrança que foi instituída em caráter provisório há 12 anos, “com finalidade específica que já foi atingida. Oficializa também uma despesa extra para as empresas brasileiras de aproximadamente R$ 4 bilhões por ano”.
A Firjan disse entender a necessidade de as contas públicas se equilibrarem, mas defende que isso ocorra por meio do corte de despesas correntes, “e não pelo aumento de impostos”. Classificou de “incoerência” a decisão do governo federal de manter a contribuição extra e que espera que “a decisão acertada do Legislativo seja a que prevaleça, ao final”.
Procuradas pela Agência Brasil, a CNI, bem como as federações das indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e da Bahia (Fieb), não quiseram comentar o veto da presidenta. O presidente do Conselho de Relações de Trabalho da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Osmani Teixeira de Abreu, disse que avalia o veto “da pior forma possível”.
Para o empresário, o veto representa uma contradição, na prática, do que o governo prega. “Porque ela [presidenta] diz que está tirando os encargos da folha de pagamento e, por outro lado, veta um projeto de lei, uma cobrança que, no nosso entendimento, é imoral, porque foi uma lei feita provisoriamente, com a finalidade específica de pagar expurgos”.
Abreu reiterou que os expurgos foram pagos há mais de um ano. “E o governo está, no meu entendimento, se locupletando [enriquecendo] com o dinheiro, indevidamente, tirando dinheiro das empresas e dos investimentos”. Ele acredita que, “no mínimo, alguém lá [no governo] está precisando trocar de oftalmologista, porque está sofrendo de miopia. Não entende o alcance do que está fazendo”. Osmani Teixeira de Abreu avaliou que as federações das indústrias do país devem tomar alguma iniciativa contra o veto da presidenta da República em conjunto, por meio da CNI.

Número de presidiárias mais que duplicou em 2012, segundo Depen


da Agência Brasil
Brasília – A população carcerária feminina aumentou 256% em 2012 informou, hoje (25), o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Rossini, órgão vinculado ao Ministério da Justiça. O aumento no caso dos homens foi quase a metade no mesmo período, 130%. Atualmente, 7% de todos os presos no Brasil são mulheres, o que corresponde a algo em torno de 36 mil detentas. Há mais de 550 mil pessoas em presídios no país e um déficit de 240 mil vagas, das quais 14 mil são para mulheres.
O diretor participou do seminário Inclusão Produtiva nos Presídios Femininos do Centro-Oeste, na 6º edição do Latinidades – Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. De acordo com Rossini, dois fatores importantes para o aumento da população carcerária feminina são o crescimento da participação da mulher em diversas atividades, inclusive na criminalidade, e o repasse de atividades criminosas à mulher, por cônjuges, namorados ou irmãos, quando eles mesmos são presos. A maioria das detenções estão relacionadas com o tráfico de drogas, sem registros de criminalidade associado à violência.
Dados do Ministério da Justiça mostram que o perfil das mulheres presas no Brasil é formado por jovens, dois terços do total têm entre 18 e 34 anos; negras, 45% são pretas ou pardas, de acordo com a nomenclatura do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); responsáveis pelo sustento da família, 14 de cada 15 mulheres; e com baixa escolaridade, 50% têm ensino fundamental incompleto.
Esse perfil reforça a ideia que as presidiárias são marginalizadas e que, quando retornam à sociedade depois de cumprida a pena, têm dificuldade de se inserir no mercado de trabalho, o que intensifica a reincidência no crime. A chefe da Diretoria de Operações Femininas da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), do Mato Grosso do Sul, Jane Stradiotti, disse que 40% da população carcerária realiza algum tipo de trabalho nas penitenciárias. Se contabilizados os casos de regime semi-aberto, o percentual sobe para 88%.
Para a secretária de Avaliação de Políticas de Autonomia Econômica das Mulheres, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Tatau Godinho, a construção das perspectivas profissionais das mulheres nos presídios depende de uma combinação com ações relativas à maternidade.
“Nós sabemos que não há igualdade e possibilidade de emancipação se não tivermos uma forma de que isso venha combinado à maternidade. Para que a encarcerada tenha tranquilidade, tem de saber que seu filho está sendo cuidado como o cidadão integral que tem o direito de ser. Não adianta fazer curso de capacitação se não criarmos um ambiente para que as crianças fiquem. Caso contrário, há evasão”, explicou Tatau.

Agência Brasil errou - Termina amanhã prazo para o Executivo protocolar veto ao projeto de multa por demissão injustificada


Brasília - A matéria "Termina amanhã prazo para o Executivo protocolar veto ao projeto de multa por demissão injustificada", publicada hoje (25) às 16h31, foi alterada às 17h18 para correção de informação. O projeto vetado extingue – e não cria, como estava no texto – a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS, em casos de demissão sem justa causa.
Leia aqui a matéria corrigida.

À espera da Festa da Acolhida, peregrinos lotam Praia de Copacabana


da Agência Brasil
 
Rio de Janeiro – A Praia de Copacabana já está lotada de peregrinos para a Festa da Acolhida, o primeiro grande evento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) com a presença do papa Francisco. Milhares de fiéis já se posicionam ao longo da Avenida Atlântica, que será percorrida em quase toda a sua extensão pelo papa, a partir das 18h de hoje (25). Parou de chover agora à tarde, mas o frio e o vento continuam e, por isso, os peregrinos não abrem mão dos agasalhos.
A Rua Rodolfo Dantas, caminho mais curto entre a estação de metrô Cardeal Arcoverde e a Praia de Copacabana, está cheia de gente. A maior concentração é em frente ao hotel Copacabana Palace, quase na esquina da Atlântica com a Rodolfo Dantas.
Para não se perder na multidão, muitos grupos de peregrinos andam de mãos dadas ou apoiando-se uns aos outros, em fila indiana.
Até o meio da tarde, não havia problemas para quem usou o metrô para chegar a Copacabana. A carioca Leticia Abrantes, por exemplo, moradora na Tijuca, pegou o metrô na Estação São Francisco Xavier e disse que a viagem foi tranquila. “[O metrô] estava cheio, mas nada do que a gente não enfrente numa volta para casa, em um dia comum, por volta das 5 da tarde”, disse Letícia. Segundo ela, o trem só lotou na Estação Carioca, quando entraram os argentinos que vinham do encontro com o papa, na Catedral de São Sebastião.
O metrô também recebeu elogios do casal Leonardo e Alda Capuano, residente no Méier. Eles pegaram o metrô na Estação Largo do Machado. “Estava ótimo, todo mundo animado, com muita gente cantando e louvando. Em nosso vagão,  os brasileiros eram maioria", disse Alda. O sistema de venda de bilhetes por horário, semelhante ao adotado pelo metrô no réveillon, agradou a Leonardo. “Foi a melhor coisa. Se não fosse assim, não ia dar.”
No palco da festa, montado no Leme, já começaram a se apresentar cantores católicos.
As ruas do bairro de Copacabana, fechadas desde o meio-dia para os carros, foram bloqueadas às 14h também para ônibus e táxis. A interdição vai até as 4h de amanhã (26).

Termina amanhã prazo para o Executivo protocolar veto ao projeto de multa por demissão injustificada


da Agência Brasil
Brasília – O Executivo tem até amanhã (26) para protocolar o veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei do Senado que cria uma multa adicional de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores, em casos de demissão sem justa causa. A decisão tomada hoje pelo Planalto já segue, no Legislativo, as novas regras de análise de vetos aprovadas em junho. Ou seja, a partir do protocolo, os parlamentares terão 30 dias para analisar o veto.
A contribuição de 10% foi acrescentada em 2001 à multa de 40% do FGTS devida ao empregado na demissão sem justa causa. Com a instituição dos 10% a mais na multa, os empregadores passaram a recolher 50% do saldo do FGTS, nos casos de dispensa imotivada. No entanto, os trabalhadores só podem sacar 40%, já que os 10% se destinavam a cobrir déficits no FGTS. Pelo texto aprovado no Congresso, a diferença voltaria a ser paga para o trabalhador. O governo, no entanto, não quer abrir mão desse recurso.
A justificativa é que a extinção da cobrança geraria, hoje, impacto superior a R$ 3 bilhões ao fundo, pelas contas feitas. A presidenta ainda destacou que a proposta do Legislativo não está acompanhada das estimativas de impacto orçamentário-financeiro e da indicação das devidas medidas compensatórias.
Os vetos que chegaram ao Parlamento, a partir do dia 1º de julho, já seguem as novas regras de análise no Congresso. Até agora, de acordo com a Mesa do Congresso, 127 dispositivos vetados em cinco projetos estão na fila para serem analisados em até 30 dias. Cumprido este calendário a pauta de votações do Congresso não corre o risco de ser obstruída. Os parlamentares definiram que vão se reunir em plenário todas as terceiras terças-feiras do mês para deliberar sobre os vetos.
A primeira sessão dentro das novas regras está marcada para o dia 20 de agosto, quando cinco vetos terão que ser obrigatoriamente analisados, entre eles, o do Ato Médico. O veto apresentado hoje pela presidenta Dilma não está previsto na pauta, mas, de acordo com a Secretaria-Geral da Mesa Diretora do Senado a matéria pode ser incluída, desde que haja um acordo de lideranças.

Rio Branco decreta estado de emergência ambiental


 da Agência Brasil
Brasília – A prefeitura de Rio Branco (AC) decretou hoje (25) estado de emergência ambiental em decorrência da "ameaça iminente de queimadas urbanas". De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Sílvia Brilhante, é uma medida de prevenção, para tornar mais simples a contratação de agentes ambientais temporários, caso haja necessidade.
A secretária conta que o município sofre com o hábito de muitos moradores de queimar lixo e entulho. "Muitas pessoas varrem a porta da casa, o quintal, juntam as folhas e queimam. Isso é prejudicial à saúde pública, causa prejuízos urbanos e, além disso, é considerado crime ambiental", explica.
De acordo com Sílvia Brilhante, depois do período do inverno amazônico, que dura seis meses, começa o período crítico, geralmente entre julho e agosto, porém há queimadas o ano todo. Desde 2010 a prefeitura lança anualmente uma campanha de combate às queimadas urbanas, com foco educativo e reforço da fiscalização, que pode acarretar em multas de até R$ 300 por queimadas de pequeno porte.

Manifestações nas ruas são aprovadas por 89% dos brasileiros


da Agência Brasil
Brasília – A maior parte da população brasileira é favorável às manifestações que ocorreram em todo o país a partir de junho. Segundo dados apresentados hoje (25) pela pesquisa CNI-Ibope, 89% das pessoas entrevistadas disseram ser favoráveis aos protestos.
O número pode ser dividido em dois grupos: 50% disseram ser simplesmente a favor e 39% disseram ser a favor, desde que sem violência ou vandalismo. O gerente de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, explicou que o segundo grupo apareceu espontaneamente, e não foi provocado a dar essa resposta.
“Significa que os outros 50% são a favor de quebra-quebra e vandalismo? Não. Apenas uma parte dos entrevistados, que se disseram a favor, decidiram manifestar a ressalva e nós achamos que a percepção deveria ser apresentada”, apontou.
Apesar do expressivo percentual de pessoas favoráveis às manifestações, 84% dos entrevistados não participou dos protestos, nem ninguém do seu domicílio. Apenas 6% disseram ter participado e 6% disseram que alguém da sua casa participou. Em 3% dos casos, o entrevistado disse ter participado junto de mais alguém do seu domicílio.
A avaliação das pessoas sobre as respostas dadas pelos poderes Executivo e Legislativo foi negativa. As medidas tomadas pela presidenta Dilma Rousseff foram totalmente desaprovadas por 31% dos entrevistados. No caso dos governos estaduais e municipais, a desaprovação total foi de 32% e 31% respectivamente.
Apesar da criação de uma agenda positiva para votação de projetos relacionados a saúde, educação, transporte e segurança, a pior avaliação foi do Congresso Nacional com 37% dos entrevistados dizendo que desaprovam totalmente as medidas tomadas pelo Senado e 39% fazendo avaliação das medidas tomadas pela Câmara dos Deputados.
Quando questionados sobre o principal motivo que os faria participar de novas manifestações, 43% dos entrevistados disseram que iriam às ruas por mais investimentos em saúde. O combate à corrupção e a falta de segurança foram apontados por 35% e 20% dos entrevistados respectivamente. A redução da inflação e melhorias nos serviços públicos em geral seriam fatores de motivação para 16% e 14% dos entrevistados na pesquisa.
A Pesquisa CNI-Ibope foi realizada entre os dias 9 e 12 de julho com eleitores a partir dos 16 anos e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram feitas 2 mil entrevistas com amostragem nacional e mais 5.686 em 11 estados.

‘A medida do desgaste’ editorial do Estadão



A crise de liderança e popularidade em que está imersa a presidente Dilma Rousseff é de conhecimento, no mínimo, das parcelas mais bem informadas da sociedade. Faltava apenas ter uma noção da gravidade da enrascada. Já não falta. Ninguém menos do que o seu patrono Luiz Inácio Lula de Silva se incumbiu de deixar escancarada – a seu modo, bem entendido – a medida do desgaste de sua protegida, o que hoje parece ameaçar a própria continuidade do projeto petista de poder. E ele o fez de caso pensado.
Convidado a dar uma palestra no Festival da Mulher Afro, Latino-Americana e Caribenha, em Brasília, e embora prometesse que não falaria de política, soltou o verbo durante mais de uma hora sobre a conjuntura nacional depois dos protestos de junho. Eles refluíram neste mês de férias, mas podem ganhar corpo novamente depois que o papa se for e o descontentamento voltar à tona – sem que a presidente tenha se recuperado da dor de cabeça que as manifestações lhe causaram e que ela agravou com as ineptas tentativas de provar que assimilou o que diziam.
Nesse cenário, reapareceu o velho palanqueiro que em tudo alega enxergar uma conspiração das elites. Foi a última linha de defesa em que se entrincheirou quando achou que o mensalão poderia apeá-lo do Planalto. Deu certo, à época, porque as oposições vacilaram. E deu certo nas eleições de 2006 porque a massa dos brasileiros, tendo subido na vida, entendeu que, corrupção por corrupção, antes aquela de que se acusa quem a beneficiou. Agora, recorre ao mesmo estratagema para defender Dilma – com veemência e agressividade claramente proporcionais ao definhamento de seu prestígio.
Ele não precisaria advertir que lutará com “unhas afiadas” em defesa de sua criatura política se a sua popularidade não tivesse despencado 27 pontos em três semanas e se as intenções de voto em seu nome na sucessão de 2014 não tivessem minguado de 51% para 30%, desmanchando os prognósticos de vitória no primeiro turno (o que, aliás, nem Fernando Henrique nem Lula conseguiram). Ele tampouco precisaria dizer que o preconceito contra ela é maior do que teria enfrentado, além da “falta de respeito” de que seria vítima.
Nem, ainda, reprisaria o já sabido: que não precisa “ser governo para fazer as coisas neste país”. Afinal, como afirmou, usando o plural majestático e pouco se importando com uma dose de desrespeito pela sucessora, implícita nas suas palavras, “Dilma não é mais do que uma extensão da gente lá”. E a gente, que não pode sair de lá – só faltou dizer –, vai continuar “ajudando a presidente” diante da suposta ofensiva dos conservadores e dos políticos aliados.
Estes entraram na história por ter o presidente peemedebista da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, cujo nome preferiu não citar, proposto que Dilma cortasse 14 dos 39 atuais Ministérios. Quando Lula assumiu, eram 26. Quando passou a faixa, 37. Conhecendo as prioridades das suas anfitriãs, aconselhou que ficassem “espertas”, porque “eles vão tentar mexer no Ministério da Igualdade Racial, nos (sic) Direitos Humanos”.
Lula decerto associa a crescente animosidade do PMDB em relação a Dilma à erosão dos seus índices de aprovação e do seu franco favoritismo na disputa pela Presidência. (As mais recentes pesquisas apontam, em um hipotético segundo turno, um empate técnico entre a candidata a um segundo mandato e a ex-ministra Marina Silva, cuja popularidade deu um salto sem precedentes na esteira das jornadas de junho.) E, de fato, a cúpula peemedebista deu início a uma sondagem informal junto às bancadas federais do partido e aos seus diretórios nos Estados sobre o rumo a tomar em 2014. É improvável que a maioria vote pelo fim da aliança, mas a mera consulta é um inequívoco agravo ao Planalto.
Tantas Dilma apronta que o próprio PT só não se distancia dela porque o seu nume tutelar desautoriza o “volta, Lula”. Mas, se ele precisa dizer que o partido está “150%” com ela, é porque a situação está longe de ser confortável para a petista também junto aos companheiros. Dilma disse certa vez que em época de eleição “podemos fazer o diabo”. Lula sempre o fez e torna a fazê-lo com a desenvoltura que a afilhada até que tenta copiar, mas não sabe como.

Publicado no Estadão desta quinta-feira

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Após denúncias de sabotagem, Ministério da Saúde muda regras do Mais Médicos


da Agência Brasil
Brasília – Depois de receber denúncias de sabotagem ao Mais Médicos, o Ministério da Saúde passará a exigir que os candidatos apresentem documento em que declarem que vão deixar vaga de residência médica ou do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) para atuar no novo programa. A declaração deve ser apresentada no ato da inscrição.
Ao homologar a participação no Mais Médicos, o profissional terá de entregar declaração impressa confirmando o desligamento da residência médica ou do Provab, emitida pela universidade, hospital ou entidade responsável.
“Estamos estimulando os médicos brasileiros a participar do programa, mas não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população”, diz o ministro Alexandre Padilha, em nota divulgada pelo ministério.
Os médicos que homologarem a participação e não comparecerem no início das atividades ou desistirem nos primeiros seis meses serão excluídos do programa e só poderão se inscrever novamente após seis meses. Os reincidentes serão impedidos de voltar ao programa.
As novas regras vão ser publicadas no Diário Oficial da União de amanhã (19). As novas medidas serão comunicadas aos médicos já inscritos pela Ouvidoria do Ministério da Saúde, por e-mail ou telefone. As inscrições seguem abertas até 25 de julho e podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde. Na primeira semana, foram registradas 11.701 inscrições de profissionais e 753 de municípios.
O ministério recebeu denúncias de que grupos estão se mobilizando por meio das redes sociais para incentivar a inscrição de profissionais no programa para, depois, desistirem da vaga, com a intenção de atrasar o cronograma do Programa Mais Médicos. Entidades médicas disseram desconhecer a movimentação.
Lançado na semana passada, o programa visa a levar profissionais para atuar por três anos na periferia das grandes cidades e nos municípios do interior. A bolsa chegará a R$ 10 mil. Entidades médicas têm criticado o programa do governo federal, principalmente porque prevê a vinda de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma para ocupar as vagas que não foram preenchidas pelos brasileiros.
O Provab também é destinado para a atuação de médicos em regiões pobres do país. O contrato é por um ano. A bolsa é R$ 8 mil, mas passará para R$ 10 mil, a partir de setembro. O reajuste foi anunciado pelo ministério após o lançamento do Mais Médicos. No Provab, o médico pode escolher a cidade em que quer trabalhar, entre as inscritas no programa. No Mais Médicos, os candidatos serão designados para qualquer cidade inscrita. Em ambos os programas, a carga chega a 40 horas semanais. Em todo o país, há 3.568 médicos atuando pelo Provab em 1.260 municípios.
A residência médica é o período em que o médico escolhe a área na qual pretende se especializar, como ginecologia, pediatria, oncologia e cardiologia. A bolsa chega a R$ 2.976,26 por mês e o tempo de duração depende da especialidade.
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STF dá dez dias para Executivo explicar Programa Mais Médicos


da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, deu prazo de dez dias para o Executivo explicar a edição da Medida Provisória 621/2013, que institui o Programa Mais Médicos. Barbosa deu despacho em mandado de segurança do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que chegou à Corte ontem (17).
Após a prestação de informações, o presidente do STF determinou o encaminhamento do processo ao relator, ministro Marco Aurélio Mello. Barbosa despachou no caso porque o STF está em recesso até agosto, e os ministros plantonistas ficam responsáveis por decidir questões urgentes.
Segundo Bolsonaro, o Supremo deve suspender a medida provisória porque ela não atende aos requisitos legais que exigem caráter de urgência ou emergência. O parlamentar destaca que, devido à importância das questões tratadas, o tema deveria ser apresentado como projeto de lei, ainda que em caráter de urgência.
“Um programa de tal complexidade deve ser amplamente discutido com a classe médica e demais profissionais de saúde, o que já poderia ter sido feito pelo atual governo”, ressaltou o parlamentar.
Bolsonaro também critica o mérito do programa do governo federal, que prevê contratação de médicos estrangeiros e adiciona dois anos de atuação no Sistema Único de Saúde no currículo de estudantes de medicina. O parlamentar aponta “desdobramentos inevitáveis” para a Previdência Social, além de aspectos de “extrema preocupação para a segurança nacional” devido ao aumento de estrangeiros residindo no Brasil.

Casa da Moeda lança medalhas em homenagem ao papa


Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Casa da Moeda do Brasil lança terça-feira (23), às 9h, 10 mil medalhas comemorativas da visita do papa Francisco ao Cristo Redentor. O valor das medalhas foi reduzido por causa da alta tiragem e da diminuíção da margem de lucro da Casa da Moeda. No lançamento, haverá uma cerimônia com a presença do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, e de membros da comitiva do papa. O presidente da Casa da Moeda, Marcone Leal, fará a descaracterização dos cunhos.
Das 10 mil medalhas confeccionadas, 7 mil serão em bronze, 2.950 em prata e 50 em ouro. A princípio, as medalhas de bronze seriam vendidas por R$ 75 e as de prata, por R$ 285, mas os valores caíram para R$ 45 e R$ 230, respectivamente. O valor das moedas de ouro não foi divulgado e os interessados em comprá-las deverão consultar a Casa da Moeda.
A medalha traz no anverso a imagem do papa Francisco com a legenda Visita do Papa ao Brasil, e ano (2013) e o padrão formado pelos tijolos vazados, vistos do interior da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. No reverso, há uma composição com os nomes das cidades que o papa visitará: Rio de Janeiro e Aparecida e os locais onde celebrará missas: Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro e Basílica de Nossa Senhora de Aparecida.
As medalhas em homenagem ao papa Francisco têm sido muito procuradas, disse Cláudia Loureiro, assessora da Casa da Moeda. “A procura é grande, mas ainda não conseguimos fechar um balanço. Vale lembrar que só serão confeccionadas 10 mil medalhas. Por isso, é importante que os interessados entrem no site da Casa da Moeda e façam a reserva.”
Como as medalhas serão lançadas terça-feira (23 de julho), ainda não é possível adquiri-las, mas a reserva já está disponível no site da Casa da Moeda.
A partir de sábado (20), a Casa da Moeda participa da Expo Católica, no RioCentro, e venderá em seu estande as medalhas em homenagem ao papa. A ExpoCatólica vai até o dia 26 deste mês.
Em seu primeiro compromisso no exterior, desde que assumiu o pontificado, em março deste ano, o papa Francisco vem ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Ele chega ao país segunda-feira. A jornada tem eventos a partir de terça-feira (23) e termina domingo (28). 

Ministério da Justiça notifica sete maiores bancos do país sobre pacotes de serviços


da Agência Brasil

Brasília – Os sete maiores bancos do país terão de prestar esclarecimentos ao Ministério da Justiça sobre o oferecimento e a padronização de pacotes de produtos e serviços básicos. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) notificou as instituições financeiras com base na resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que regulamenta o assunto.
Desde o dia 1º, os bancos são obrigados a oferecer quatro pacotes padrão aos correntistas, um pacote mínimo de serviços gratuitos, exigido desde 2010, e três novos pacotes padronizados associados a contas de depósito. O cliente também pode contratar serviços individuais à parte. A medida, informou o Ministério da Justiça, tem como objetivo ampliar a transparência e facilitar a comparação de tarifas entre os serviços bancários.
Foram notificados o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, o Itaú, o HSBC, o Santander e o Citibank. As instituições têm até dez dias para apresentar os documentos que demonstram o cumprimento da resolução do CMN.
De acordo com o Ministério da Justiça, a pasta não chegou a receber denúncias de descumprimento da nova regra. O DPDC quer apenas verificar se a exigência está sendo respeitada e de que forma os bancos se ajustaram à norma.

Procurador pede investigação de descumprimento da lei de descanso para motoristas de ônibus


da Agência Brasil
Brasília – O procurador do Trabalho Paulo Douglas Moraes encaminhou uma representação à Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região ontem (17) pedindo a investigação do descumprimento da lei que prevê o descanso de motoristas de ônibus em viagens interestaduais. Segundo ele, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vem sendo omissa ao autorizar viagens de empresas de ônibus sem a previsão de descanso dos motoristas, como determina a legislação em vigor.
O procurador diz que a ANTT está autorizando viagens de modo reiterado com número de motoristas insuficiente para cumprir a Lei 12.619/2012, que exige um descanso de 11 horas por dia, sendo que pelo menos seis horas devem ser com o veículo parado, em cabine leito ou em acomodação externa fornecida pelo empregador. A empresa tem duas opções: viajar com dois motoristas e parar a viagem por seis horas para que ambos possam descansar ou substitui-los por outros ao longo do trajeto.
“A ANTT não exige nem uma coisa nem outra, simplesmente libera as empresas de turismo para que apenas dois motoristas conduzam de modo ininterrupto. Não há como, obviamente, dar cumprimento à lei. E sem esse descanso, de pelo menos seis horas, o trabalhador não consegue atingir aquele efeito reparador”, diz o procurador à Agência Brasil, responsável por coordenar a implantação da lei em âmbito nacional pelo MPT.  
Segundo ele, a agência reguladora poderia exigir a comprovação do pernoite dos motoristas reservas, no caso de revezamento ou a cópia do disco do tacógrafo dos ônibus, no caso de os motoristas pararem o veículo para dormir. “Tem como a ANTT fazer a fiscalização tranquilamente e não faz. Assume o risco de matar as pessoas”, avalia Moraes.
A representação pede também a investigação da empresa responsável pelo ônibus envolvido no acidente ocorrido na noite da última sexta-feira (12) em uma estrada próxima ao município de Governador Valadares, em Minas Gerais.
O coordenador do programa SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, avalia que a situação contraria a legislação e coloca em risco motoristas, passageiros e os demais usuários da via.  Ele diz que a ANTT já foi alertada diversas vezes sobre o assunto e alerta para o perigo do problema durante a Jornada Mundial da Juventude, que começa na próxima semana, que deve movimentar cerca de 5 mil ônibus em viagens interestaduais de longa distância, segundo previsão de Rizzotto. Ele estima também que cerca de 70% dos motoristas estarão sendo submetidos a jornada de trabalho excessiva.  
“A ANTT tem obrigação de preservar a segurança, ela não pode simplesmente se omitir da sociedade, fechar os olhos para uma legislação que está em vigor, para atender a que interesses?”, questiona Rizzotto, em entrevista à Agência Brasil.
Procurada pela reportagem, a ANTT não se manifestou, até o momento, sobre o assunto.

Polícia Federal desarticula esquema internacional que envolvia compra fictícia de minério


da Agência Brasil
 
Brasília - A Polícia Federal (PF) desarticulou hoje (18) um esquema internacional de lavagem de dinheiro envolvendo uma empresa de fachada que simulava a venda de minério para o exterior, em especial para a Suíça. O esquema era chefiado por um italiano que morava na Paraíba, onde recebia o dinheiro por meio de falsos contratos de câmbio.
A Operação Sem Fronteiras contou com a colaboração da Interpol, a polícia internacional.
Segundo a Polícia Federal, a empresa, localizada na Suíça, também é comandada por italianos. De lá, eram feitas remessas de grandes quantias em dinheiro ao Brasil, em decorrência da compra fictícia de minério. De acordo com os investigadores, o dinheiro recebido era investido em nome de laranjas em empreendimentos nos estados da Paraíba, de Mato Grosso do Sul e do Rio de Janeiro e também no Distrito Federal.
Policiais federais foram enviados a esses estados e ao Distrito Federal para cumprir os mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. Estimativas da PF indicam que já foram aprendidos cerca de R$ 10 milhões em bens móveis e imóveis dos suspeitos.

Levantamento mostra que um em cada cinco adolescentes interrompe tratamento da aids


da Agência Brasil

São Paulo – Um levantamento feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de HIV/aids, mostrou que um em cada cinco dos adolescentes com aids acompanhados pelo hospital abandonou o tratamento no ano passado. Foram avaliados 581 adolescentes, de 12 a 17 anos, dos quais 131 estão há pelo menos seis meses sem ir ao médico ou sem voltar ao consultório para nova avaliação. Dos jovens avaliados, 71 são do sexo masculino e 60, do feminino. A maioria foi infectada pela mãe durante o parto (transmissão vertical).
De acordo com o infectologista Jean Gorinchteyn, do Emílio Ribas, durante o período de observação, os jovens em tratamento deveriam ter comparecido a pelo menos duas consultas, nas quais sua saúde seria avaliada e o receituário fornecido, para que os medicamentos fossem retirados gratuitamente na própria farmácia do instituto.
“As avaliações clínicas devem ser feitas a cada três meses. Se ele não vem para a consulta, não recebe a receita e não retira o remédio> Portanto, está interrompendo o tratamento. Normalmente, são administradas de três a cinco drogas antirretrovirais, algumas combinadas, mas este número pode ser reduzido a um comprimido só, favorecendo muito a adesão”, explicou o médico.
Gorinchteyn ressaltou que, uma vez iniciado o tratamento, ele jamais pode ser interrompido, e os horários têm de ser seguidos com rigor. Segundo ele, a interrupção do tratamento pode tornar o vírus resistente à medicação, ou seja, "o vírus deixa de ser sensível ao remédio e o organismo não responde ao tratamento”.
O infectologista informou que o Emílio Ribas tem uma estratégia para buscar os pacientes, caso deixem de comparecer aos retornos médicos. A convocação é sempre direta, por telefone ou por telegrama. É preciso avaliar que, apesar de serem menores de idade, que teoricamente teriam um adulto responsável por eles, a maioria desses adolescentes contraiu o HIV por transmissão vertical, na gestação da mãe contaminada.
“Isso quer dizer que muitas das mães estão doentes, ou já não estão mais vivas para cuidar dessas crianças. São jovens que podem estar sob cuidados de tutores ou responsáveis que, eventualmente, desconhecem o não comparecimento deles ao ambulatório. Muitas vezes, quando esses responsáveis foram questionados disseram acreditar que as crianças iam às consultas.”
Para Gorinchteyn, a interrupção do tratamento pode ocorrer pelo fato de jovens dessa faixa etária terem dificuldade para encarar uma doença que precisa de acompanhamento constante e que já é tratada desde o nascimento. “Eles também recebem uma carga de preconceito, por estarem contaminados, mas sem ter a real culpa por isso. Assim, cria-se a dificuldade de aceitação da doença e das dificuldades de inserção social”, ressaltou o médico.
Assim, os jovens acabam abandonando o tratamento, como se isso pudesse negar a existência da aids, lamentou o médico. No entanto, disse ele, identificar esse tipo de abandono do jovem pelo cuidador não quer dizer exatamente que tenha havido negligência, mas que existe dificuldade do jovem com relação à doença e à necessidade de um tratamento regular, com regras e restrições, o que pode ser difícil para uma pessoa dessa faixa etária. Gorinchteyn destacou que nenhuma consulta é feita sem a presença de um maior de idade.
“O que queremos saber agora é quanto dessa não adesão deve-se à falta de responsabilidade do tutor e quanto se deve à falta de disponibilidade do próprio paciente. Temos de ter essa parceria muito mais clara com o responsável, que não pode se submeter ao desejo do paciente, que, muitas vezes, encontra desculpas para não comparecer às consultas", acrescentou o médico. Para ele, é preciso "afinar o comportamento do cuidador" quanto a essa pressão do paciente.
De acordo com o infectologista destacou que é preciso acolher psicologicamente essas crianças e adolescentes e não se deixar levar pelas desculpas da criança e levar em conta que sendo tutor é preciso assumir a responsabilidade do tratamento do menor de idade. Gorinchteyn chamou a atenção ainda para o fato de que uma vez que o jovem não tem a preocupação em fazer o tratamento corretamente nada garante que ele vá ter relações sexuais com proteção, podendo então transmitir o vírus.

Conheça a agenda do papa Francisco no Brasil


Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, detalhou nesta quarta-feira (17), em entrevista coletiva, a programação do papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, de 23 a 28 deste mês. Francisco chega ao país na próxima segunda-feira (22) e fica até o dia 29. A agenda dele é intensa e inclui visitas à comunidade da Varginha, área pacificada no Rio de Janeiro, conversas com presos e dependentes químicos e várias celebrações com os jovens.
Lombardi disse que Francisco é o terceiro papa a visitar o Brasil, depois de Bento XVI e João Paulo II. O porta-voz lembrou que a presença do papa nas jornadas é fundamental. Francisco circulará de helicóptero, de carros aberto e fechado. No dia 24, ele passará a maior parte do dia em Aparecida (SP). Há encontros com a presidenta Dilma Rousseff; o governador do Rio, Sérgio Cabral; e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes. Veja aqui o roteiro do papa no Brasil.
Segunda-feira (22)
O papa chega à tarde ao Rio de Janeiro. Ele será recebido na Base Aérea do Galeão, pela presidente Dilma Rousseff; pelo arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta; pelo arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis; pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; e pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Na base aérea, não há discursos.
Francisco deixará o aeroporto de papamóvel em direção ao Palácio Guanabara, sede oficial do governo do Estado do Rio, onde ocorre a cerimônia de boas-vindas. Além da execução dos hinos e honras militares, há discursos da presidenta Dilma e do papa. Em seguida há a apresentação das duas delegações (brasileira e do Vaticano). A presidenta acompanha Francisco à Sala Verde do primeiro andar, onde se realizarão os encontros privados. No local, há um encontro de Cabral com o papa e a apresentação da família. Também há um encontro com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e de sua família. O papa deixará o Palácio Guanabara em direção ao Sumaré, onde será a sua residência durante a permanência no Rio de Janeiro.
Terça-feira (23)
O papa cumpre agenda privada, sem previsão por enquanto. O porta-voz disse que ele deverá participar de uma reunião com autoridades e não deverá participar de uma missa destinada aos jovens, na Praia de Copacabana. Francisco deverá descansar neste dia.
Quarta-feira (24)
Às 8h15, o papa Francisco deixa o Rio de helicóptero e vai até Aparecida, onde deve chegar às 9h30, para celebrar a missa e abençoar os fiéis. O papa será recebido pelo arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis e pelo reitor do Santuário, padre Domingos Sávio da Silva.
Às 10h30, ele celebra missa no Santuário Nossa Senhora Aparecida. Antes, ele fará um passeio de papamóvel nos arredores do santuário. Francisco almoça no Seminário Bom Jesus, retornando depois ao Rio.
No final da tarde, no Rio, o papa visita o Hospital São Francisco de Assis. O hospital, dirigido pela associação homônima, dedica-se à recuperação dos dependentes de droga e de álcool, seja na assistência médico-cirúrgica, assegurada gratuitamente aos indigentes, com cerca 500 leitos. Está previsto um discurso. No início da noite, Francisco retornará ao Sumaré onde jantará de forma privada e pernoitará.
Quinta-feira (25)
Pela manhã, o papa celebra a Santa Missa, em caráter privado, na Residência do Sumaré. Às 9h Francisco deixará o Sumaré em direção ao Palácio da Cidade, onde receberá, às 9h30, das mãos do prefeito Eduardo Paes, as chaves da cidade e abençoará as bandeiras oficiais dos Jogos Olímpicos e paralímpicos.
Às 10h, Francisco deixa o Palácio da Cidade e se dirigirá à Comunidade da Varginha - Manguinhos, para uma visita. A Comunidade da Varginha faz parte de uma ampla favela pacificada no programa de recuperação realizado pelas autoridades brasileiras. O papa será recebido pelo pároco, vice-pároco, vigário episcopal e pela superiora das irmãs da caridade. Em seguida, Francisco se dirige à igreja dedicada a São Jerônimo Emiliano, na qual vai se encontrar com a comunidade paroquial. Na paróquia, após um momento de oração, será abençoado o novo altar e o papa oferecerá um presente à comunidade. O papa se dirigirá depois ao campo de futebol, onde estará reunida a comunidade. Ao longo do percurso - cerca 100 metros - visitará a casa de uma família da comunidade. O papa fará um discurso e retornará depois ao Sumaré para o almoço privado.
Às 17h Francisco deixa o Sumaré em direção à Praia de Copacabana para a Festa da Acolhida aos jovens participantes da JMJ. O ato está previsto na forma de Celebração da Palavra. O papa fará um discurso e abençoará os jovens. Retornará depois ao Sumaré onde pernoitará.
Sexta-feira (26)
Pela manhã, o papa celebra a Santa Missa, em privado, na residência do Sumaré. Em seguida se desloca de automóvel até a Quinta da Boa Vista.
Às 10h, o papa recebe a confissão de cinco jovens de cinco continentes (América, Europa, África , Ásia e Oceania). As confissões, segundo o porta-voz, poderão ser em português, espanhol ou italiano. Após as confissões, Francisco se transfere para o Palácio São Joaquim, residência do arcebispo do Rio de Janeiro e será recebido pelos religiosos.
Às 11h, o papa se encontrará, reservadamente, com cinco jovens detentos. Estarão presentes, também, alguns assistentes, acompanhantes dos jovens detentos. Em seguida, Francisco e o arcebispo se dirigirão ao primeiro andar para visitar a capela onde encontrará as irmãs que trabalham na residência.
Às 12h, Francisco rezará a oração do Angelus do balcão do palácio. Em seguida, se encontrará com os 20 membros do comitê organizador e os dez grandes patrocinadores-benfeitores da JMJ para uma saudação. Não estão previstos discursos. No salão redondo, no primeiro andar do arcebispado, o papa almoçará com dom Tempesta e com 12 jovens, seis rapazes e seis moças, de várias nacionalidades – representando os cinco continentes, além um casal de brasileiros. O almoço terá a duração de cerca de uma hora.
Após o almoço, Francisco retornará ao Sumaré, onde não há agenda prevista. Calcula-se que o papa irá descansar. Às 17h, Francisco estará na Praia de Copacabana para a Via Sacra com os jovens: Francisco, depois de introduzir o ato litúrgico, acompanhará do palco o desenvolvimento da Via Sacra e ao final, fará uma oração, depois, ele retornará ao Sumaré onde pernoitará.
Sábado (27)
Às 9h, Francisco irá à Catedral da Cidade onde celebrará a missa com os bispos da JMJ, sacerdotes, religiosos e seminaristas. A expectativa é que cerca de mil pessoas participem da missa, segundo o porta-voz. Às 11h15, no Teatro Municipal, o papa encontra os políticos, diplomatas, representantes da sociedade civil, empresários, artistas e representantes das maiores comunidades religiosas do país. Francisco fará um discurso.
De volta ao Sumaré, Francisco almoça com os cardeais do Brasil, a cúpula da CNBB, os bispos da região e a comitiva papal. Ele deixa a residência em direção do Campus Fidei, de Guaratiba, onde ocorrerá a Vigília de Oração com os jovens. Francisco tem encontro com os jovens na área preparada para a ocasião pelas autoridades locais. Inicialmente, a previsão é que 2 milhões de pessoas estejam presentes.
Domingo (28)
Às 8h20, o papa deixa o Sumaré em direção a Guaratiba. Durante o deslocamento, o helicóptero do papa sobrevoará a estátua do Cristo Redentor do alto do Corcovado e a cidade do Rio.
Às 10h começa a Missa de Envio da JMJ Rio2013. No evento, está prevista a presença da presidenta Dilma. A Celebração terminará com o anúncio sobre o local escolhido para ser a sede e do ano para a próxima jornada.
O papa retorna ao Sumaré onde almoçará com sua comitiva. Às 16h, Francisco encontrará com os integrantes do comitê de coordenação da jornada e do Conselho Episcopal latino-americano. O comitê de coordenação é formado por 45 bispos.
Depois de se despedir dos funcionários da residência do Sumaré, Francisco se dirigirá ao RioCentro onde encontrará cerca de 15 mil voluntários. O papa fará a eles um discurso.
Após o evento, o papa se muda para o centro do Rio onde atende os voluntários da jornada. Segundo as previsões, deve haver 15 mil voluntários que representarão as 60 mil pessoas voluntárias para a realização do evento.
Depois do compromisso com os voluntários, o papa seguirá para o aeroporto Tom Jobim onde, às 18h30, está previsto encontro com a presidenta Dilma Rousseff, com discursos. A decolagem do avião que levará a comitiva papal ao Vaticano está prevista para as 19h (horário local). Francisco deve chegar a Roma às 11h30 ( horário da Itália).
*Com informações da rádio do Vaticano // Matéria alterada às 16h34 do dia 18/07/2013 para corrigir informação. O papa Francisco desembarcará na Base Aérea do Galeão e não no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão-Antonio Carlos Jobim, como estava na matéria.