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O deputado distrital Geraldo Naves (DEM-DF) confirmou nesta sexta-feira que o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) de fato escreveu o bilhete entregue ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Edson Sombra. O papel seria um indício da participação do governador da tentativa de suborno ao jornalista.
O mais recente capítulo do escândalo no DF foi descoberto na quinta-feira, quando Antonio Bento Silva foi detido em um restaurante de Brasília com 200.000 reais em dinheiro que seriam entregues a Sombra. Silva, conselheiro do Metrô, foi preso em flagrante após uma denúncia feita pelo próprio jornalista, que teria comunicado os agentes da Polícia Federal sobre a oferta de suborno.
Sombra teria convencido o ex-secretário das Relações Institucionais Durval Barbosa a denunciar o esquema de corrupção. Segundo o jornalista, o governo do DF agora o estaria tentando convencer a dizer que os vídeos que comprovam o mensalão foram montados. Naves, porém, negou que o bilhete faça parte de uma tentativa de suborno e classificou a denúncia de Sombra como uma “maldade sem precedentes”.
O jornalista entregou à PF o bilhete para perícia. No papel, entregue ao jornalista pelo deputado Naves (DEM), o governador teria escrito siglas e frases soltas, como: "Preciso de ajuda. Sou grato". Ao final do bilhete, Arruda ainda teria escrito a sigla GDF (Governo do Distrito Federal) e assinalado "OK". O jornalista afirmou ter entendido que se tratava de um recado: ele não teria dificuldades no âmbito do governo.
Naves afirmou que a função do bilhete era tranquilizar o jornalista, que temia uma queda no número de anúncios publicitários e de verba de patrocínio em seu jornal depois do escândalo denunciado por seu amigo Durval. "O bilhete é verdadeiro, mas não se trata de suborno. Depois da crise, Sombra teve medo de perder patrocínio. Nunca recebi proposta para subornar alguém", disse Naves.
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