sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dilema do PPS: do Partidão ao Mensalão


De pedra a vidraça: acostumados à posição de acusadores, Augusto Carvalho e o PPS sofrem para explicar suas relações com Arruda e o mensalão


Tradicionalmente de oposição em Brasília, partido viu ruir sua aposta em Arruda, não sabe o que fazer em outubro e tem ainda dois dos seus filiados diretamente envolvidos com o escândalo

Mário Coelho

Partido tradicionalmente de oposição no Distrito Federal, o PPS busca agora uma nova identidade. Com a revelação do esquema de propinas envolvendo membros do Executivo e do Legislativo, o partido perdeu seu candidato ao governo local. Para piorar, dois dos seus nomes mais conhecidos também são citados no inquérito 650DF, que deflagrou a Operação Caixa de Pandora. Por enquanto, os herdeiros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) estão na espera da conclusão das investigações, que podem manchar ainda mais a imagem da legenda na capital do país.

A Operação Caixa de Pandora revelou o mensalão do governador José Roberto Arruda (sem partido). De 27 de novembro para cá, Arruda viu sua base ruir. PMDB, PSDB e PPS determinaram a saída de seus filiados do governo. Na prática, porém, poucos realmente saíram. Na Câmara Legislativa, somente Alírio Neto (PPS) passou a ter postura oposicionista. Isso, porém, somente depois de a executiva nacional cobrar explicações ao deputado sobre sua postura, em especial na condução da CPI da Corrupção. Alírio chegou a ser ameaçado de expulsão depois de ter, na presidência da CPI, ter interpretado que uma decisão judicial serviria para fazer voltar todo o processo à estaca zero. Leia Íntegra Congresso em foco

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