Nova York - Os contratos futuros de petróleo caíram de forma acentuada pelo segundo dia seguido em Nova York, o que foi visto pelos operadores como um sinal de continuidade da tendência de baixa. A queda dos preços do petróleo alimentou perdas em outras commodities, em um movimento que foi ampliado pelo vigor do dólar.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo para março caíram US$ 1,95 (2,67%) e fecharam a US$ 71,19 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico, a mínima foi de US$ 69,50 e a máxima de US$ 73,94. Na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para março caíram US$ 2,54 (3,52%) e fecharam a US$ 69,59 por barril. A mínima foi de US$ 67,87 e a máxima de US$ 72,52.
Depois de passarem a manhã de lado à espera do relatório do mercado de mão de obra dos EUA, no início da tarde, os futuros de petróleo caíram abaixo da mínima de janeiro, de US$ 72,43 por barril, e rapidamente escorregaram abaixo de US$ 70 por barril pela primeira vez desde a metade de dezembro.
"Ao invés das notícias fazerem o preço, é o preço que fez as notícias", disse Tim Evans, analista do Citi Futures Perspective em Nova York. Evans disse a queda dos preços para a mínima intraday de US$ 69,50 por barril foi provocada pelo acionamento de ordens pré-programadas de venda caso o petróleo furasse o suporte da mínima de janeiro.
Quando o petróleo e outros ativos financeiros registram um preço baixo em particular de forma repetida, os operadores veem isso como um "nível de suporte", porque indica que existem muitos compradores dispostos a comprar naquele nível, frequentemente usando transações pré-programadas. Quando um ativo rompe um importante nível de suporte - como fez o petróleo hoje - isso indica que muitos compradores não estão mais interessados em comprar naquele preço, desencadeando uma acentuada queda em direção ao próximo nível de suporte. Para o petróleo, a próxima parada está ao redor de US$ 70 por barril.
O declínio do petróleo através dos níveis de suporte provavelmente foi provocado pela fraqueza nas ações e vigor do dólar. A moeda norte-americana subiu nesta sexta-feira, seguindo um padrão familiar de movimento inverso em relação as ações, ouro e outros ativos considerados de maior risco. As informações são da Dow Jones.
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