A Eletrobras apresentou resultado negativo consolidado de R$ 6,8 bilhões em 2012, contra um lucro de R$ 3,7 bilhões em 2011. O Ebitda (sigla em inglês de Lucros antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) também registrou queda de 2011 para 2012, de R$ 6,028 bilhões positivos para R$ 6,173 bilhões negativos. Ambos os resultados foram fortemente afetados pela MP 579, transformada na Lei 12.783/2013.
Os efeitos atípicos, provocados pela Lei, que influenciaram o resultado consolidado e o Ebitda (impairment, contratos onerosos e indenizações) atingiram R$ 10,085 bilhões. No entanto, expurgados esses efeitos, o Ebitda de 2012 atingiu R$ 5,520 bilhões, ainda menor do que o do ano anterior, que foi de R$ 6,028 bilhões. Essa queda real deveu-se ao repasse de Itaipu, afetado pela inflação americana – maior em 2011 do que em 2012 –, que caiu R$ 500 milhões.
Em termos operacionais, o resultado, em 2012, foi 56,3% menor do que em 2011 devido, em sua maior parte, ao contrato oneroso de Jirau (R$ 1,6 bilhão). A Receita Operacional Líquida (ROL), porém, foi 16,6% maior, subindo de R$ 29,211 bilhões para R$ 34,064 bilhões, o que impactou positivamente a relação ROL/PMSO (Pessoal, Manutenção, Serviços e Outros), pois esta rubrica cresceu apenas 10% – a relação, que foi de 26,3% em 2011, caiu para 24,8% ano passado.
O resultado financeiro foi melhor em 2012 do que no ano anterior, devido, especialmente, à redução dos encargos dos acionistas, provocada pelo pagamento dos dividendos atrasados – em 2011, o resultado financeiro foi positivo em R$ 234 milhões, atingindo, ano passado, R$ 633 milhões.
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