quinta-feira, 27 de março de 2014

Aprovação ao governo Dilma cai 7 pontos percentuais, diz CNI/Ibope


MARIANA HAUBERT
 na Folha

A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu no mês de março em comparação a novembro de 2013, aponta pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (27).
O percentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom caiu 7 pontos percentuais, passando de 43% para 36%. Já o percentual de pessoas que confiam na presidente teve uma pequena redução de seis pontos percentuais, indo de 52% para 48%.
Já em relação a forma com que a presidente Dilma governa caiu de 56% para 51%. Com a queda, a presidente interrompe um ciclo de recuperação da popularidade, que vinha tendo desde setembro do ano passado.
A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 14 e 17 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 141 municípios no país. O levantamento, primeiro realizado em 2014, focou na avaliação dos brasileiros sobre o desempenho do governo federal e a atuação de Dilma. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número BR-00053/2014.
Todos os indicadores medidos pela pesquisa registraram redução. Segundo a pesquisa, os entrevistados demonstraram um descontentamento maior com relação às políticas econômicas, principalmente em relação à inflação e ao desemprego.
O resultado foi puxado principalmente pelas pessoas que moram em municípios pequenos, com até 20 mil habitantes. Segundo a pesquisa, Dilma também perdeu mais popularidade entre os jovens de 16 a 24 anos e entre os eleitores com renda familiar mais alta, que recebem mais de cinco salários mínimos, e os residentes no interior.
A queda nos indicadores também fez elevar o percentual da população que considera o governo Dilma pior do que o governo Lula. passando de 34% para 42%. Já o registro das pessoas que consideram Dilma melhor não oscilou dentro da margem de erro e teve uma leve queda de 14% para 11%.
Das nove áreas de atuação do governo avaliadas, a presidente teve queda na aprovação em todas elas, sendo que o percentual dos que aprovam as ações governamentais não supera o percentual dos que as desaprovam. A área econômica é a que teve a maior rejeição.
Na educação, houve um aumento de 7 pontos percentuais entre os que desaprovam a área, passando de 58% para 65%. Mesmo com o programa Mais Médicos, a saúde também teve aumento dentre os que a desaprovam, com 77% da população, ante 72% registrado anteriormente. Já na segurança, o governo registra 76% de desaprovação, ante 70% registrado na última pesquisa.
Na área econômica, o governo tem um índice de desaprovação acima dos 70% nas questões relativas a impostos (77%), combate à inflação (71%) e taxa de juros (73%). A única área que não teve alteração significativa foi a de combate à fome e à pobreza, que se manteve no patamar de 49% de desaprovação.
Para 15% da população, o noticiário é mais favorável ao governo. As notícias mais citadas pelos entrevistados foram sobre: obras para a Copa do Mundo, manifestações pelo país e contra a corrupção. a absolvição dos réus do mensalão no crime de formação de quadrilha, viagens de Dilma e violência e vandalismo durante manifestações de rua.


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