Paulo Sérgio Pinheiro |
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Síria apresentou, nesta segunda-feira, um relatório sobre alegações de violações dos direitos humanos. De acordo com o grupo, há indicações de graves violações e abusos no país árabe, incluindo a morte de crianças.
O documento, encomendado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, foi compilado sob a liderança do relator-chefe, o professor brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, a partir de países vizinhos. A Síria negou a entrada do grupo no país. Segundo o governo sírio, a comissão era “tendenciosa e 100% política”.
Entrada
De acordo com o grupo, as evidências indicam que os direitos humanos foram “gravemente” violados por forças de segurança na Síria ao reprimir os protestos pró-democracia, que começaram em março no país.
Além de Paulo Sérgio Pinheiro, participaram do inquérito Yakin Ertürk e Karen Koning AbuZayd. Eles ouviram 223 testemunhas e vítimas de alegações de abusos, entre elas civis e desertores do Exército do país.
Diálogo
O relatório documenta padrões de execução sumária, prisão arbitrária, desaparecimentos forçados incluindo violência sexual e violações ao direito das crianças.
De acordo com a Comissão, os crimes teriam sido cometidos em diferentes partes da Síria. O grupo pediu ao governo sírio que acabe com as violações, e que inicie uma investigação independente e imparcial.
A Comissão lamentou o fato de o governo não ter participado do diálogo e ter negado acesso aos relatores.
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