Agência Estado
O Senado da Itália aprovou nesta sexta-feira as cruciais reformas econômicas exigidas pela União Europeia (UE), no primeiro passo para que o demissionário primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, renuncie nos próximos dias. A matéria foi aprovada com 156 votos e favor e 12 contrários. O partido Povo da Liberdade, de Berlusconi, deverá decidir no sábado se apoia um novo governo interino, possivelmente liderado pelo economista Mario Monti, nomeado senador vitalício nesta semana pelo presidente Giorgio Napolitano, ou se pede as eleições antecipadas.
As medidas de austeridade e o Orçamento de 2012 deverão ser votados na Câmara dos Deputados no sábado. Logo após a votação, o partido de Berlusconi deve decidir se apoia um novo governo interino ou se pede a realização de eleições antecipadas, segundo afirmou o ministro de Transportes, Altero Matteoli. Existe a expectativa de que após a aprovação das medidas na Câmara Berlusconi entregue sua renúncia a Napolitano, o que poderá acontecer ainda no sábado.
Vários políticos se aproximam de Monti, que conta com o apoio de Napolitano e dos mercados e é visto como o próximo premiê. O economista de 68 anos não possui ligações fortes com políticos tradicionais da esquerda ou da direita na Itália. Mas as divisões permanecem dentro do partido de Berlusconi e entre os aliados do premiê, sobre se apoiarão Monti e sob quais termos.
O Orçamento foi aprovado no Senado com os votos da coalizão de centro-direita, embora os principais partidos de oposição não tenham votado - uma tática designada a permitir que a proposta fosse aprovada. Senadores de um partido de esquerda, o Itália dos Valores, votaram explicitamente contra a proposta. Espera-se que a maior parte da oposição se abstenha de votar na Câmara, como fez no Senado.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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