Daniel Milazzo no UOL
As cidades de Florianópolis e Vitória são as capitais brasileiras que detêm o maior rendimento domiciliar per capita do país, respectivamente com R$ 1.573 e R$ 1.499.
As cifras integram os Resultados Definitivos do Universo e dos indicadores sociais municipais, divulgados nesta quarta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em complemento detalhado do Censo 2010, de abril deste ano. A divulgação foi feita na sede do instituto, no centro do Rio.
De acordo com o Censo, os rendimentos per capita nessas duas capitais demonstram a tendência histórica de melhores níveis de rendimento domiciliar em Estados do Sul e Sudeste.
Em Florianópolis, além do maior valor per capita, 50% da população que recebe até R$ 900; em Vitória, metade recebe até R$ 755.
Conforme o Censo, a média do que 50% da população nessas duas capitais recebe está acima do verificado em 17 das 26 capitais, que não passa de um salário mínimo (R$ 545).
Já em capitais como Macapá, Teresina, Manaus, Rio Branco, São Luiz, Maceió, Boa Vista e Belém, os rendimentos domiciliares per capita médios representavam 40% do rendimento em Florianópolis.
A pior situação entre as capitais foi apontada pelo Censo em Macapá: lá, o rendimento médio domiciliar per capita era de R$ 631, com 50% da população recebendo até R$ 316.
Diferença de salários por gênero
Os estudos identificaram que, em todo o Brasil, o rendimento total --aqui considerados, por exemplo, trabalho, aposentadorias, pensões e transferências-- dos homens era, em média, 42% maior que o das mulheres, R$ 1.395 contra R$ 984.
Metade da população masculina ganhava até R$ 765, aproximadamente 50% a mais que metade das mulheres, com ganhos de até R$ 510.
A disparidade maior por gênero foi observada em municípios com até 50 mil habitantes, onde homens recebiam, em média, 47% a mais que as mulheres, ou R$ 903 contra R$ 615.
A diferença também existe, mas é um pouco menor, de acordo com o Censo, em municípios com mais de 500 mil habitantes --neles, homens recebiam, em média, R$ 1.985, contra R$ 1.417 delas. A diferença, nesse caso, é de cerca de 40%.
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