da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A situação da economia mundial para 2013 será relativamente melhor que a do ano passado, segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Ele falou hoje (15) à imprensa sobre o desempenho dos desembolsos do banco e fez um balanço positivo do momento atual da economia, baseado nos recentes resultados de países como China e Estados Unidos.
“Embora o crescimento da China no primeiro trimestre, divulgado hoje, tenha sido um pouco aquém do esperado pelo mercado, de 7,7% em vez de 8%, a expectativa em geral é de sustentação do crescimento na China, de recuperação moderada nos Estados Unidos e de crescimento zero na zona euro”, declarou Coutinho. “A expectativa de mercado é que 2013 será um ano menos ruim em relação a 2012”.
Coutinho ressaltou que a zona do euro ainda preocupa e que casos como a crise financeira no Chipre podem voltar a ocorrer na região. Ele lembrou que o comércio mundial, que crescia em média 14% a 15% ao ano antes da crise financeira mundial, teve crescimento de apenas 0,7% no ano passado e que a expectativa de crescimento para 2013 – de 3,5% a 4% é a de “modesta recuperação”.
O presidente do BNDES chamou a atenção para a decisão do Japão de expansão monetária em até 50%. “Ao comprar papéis, injeta dinheiro e liquidez no mercado. Essa superproposta de ampliação tende a derrubar ainda mais a taxa de juros e aumentar muito a liquidez no Japão, mais um episódio de expansão monetária, já usada nos EUA e na Europa. Isso aumenta a liquidez global e obviamente requer a atenção das autoridades brasileiras”.
Coutinho informou ainda que uma pesquisa sobre planos de investimentos, feita pelo BNDES, aponta um crescimento da indústria brasileira de 3% neste ano, com a recuperação dos investimentos, que ele espera ser superior a 5% em 2013. “Essa enquete revela para os próximos anos uma taxa implícita de investimentos de 5%. O que esperamos é que o ciclo de concessões de logística para o setor privado, ajude a acelerar o investimento em infraestruturas em geral e que isso possa resultar num desempenho da formação de capital bruta mais forte, começando já em 2013”, declarou o presidente do BNDES.
Para ajudar a sustentar a concretização do investimento, o presidente do banco disse que os desembolsos do BNDES para este ano devem ser maiores que no ano passado (cerca de R$ 156 bi) e vão priorizar capital fixo, em detrimento do capital de giro.
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