quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Empresários prestam depoimento na PF sobre mensalão do DEM de Brasília

O primeiro a depor nesta quarta-feira foi o dono da empresa CTIS.
Nesta tarde a Polícia Federal ouvirá representante da Infoeducaciona

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

A Polícia Federal ouviu nesta quarta-feira (27) o depoimento de dois empresários acusados de contribuir com o esquema do mensalão do DEM de Brasília. Donos de empresas de informática, eles são citados por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais, de pagar propina a integrantes do governo de José Roberto Arruda (sem partido). A Polícia Federal não deu informações sobre os depoimentos.

Veja vídeos sobre suposto esquema de corrupção no governo do DF

O suposto esquema de distribuição de propina, que ficou conhecido como Mensalão do DEM de Brasília, veio a tona no dia no dia 27 de novembro, quando a PF deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de recursos a deputados distritais e aliados. Repasses de dinheiro foram registrados em vídeos e entregues à PF por Durval Barbosa. A propina seria paga por empresas contratados pelo governo do DF.

O primeiro a depor nesta quarta-feira foi o dono da empresa CTIS, Avaldir da Silva Oliveira. Ele depôs calçado por um habeas corpus conferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que resguardava o direito de permanecer calado. Após um depoimento de cerca de 50 minutos, Oliveira não falou com a imprensa e a PF não informou se ele falou algo no depoimento. A empresa é apontada em um depoimento de Durval à PF como uma das que pagava propina.

Na sequência, a PF tomou o depoimento de Nerci Soares, diretora comercial da empresa Uni Repro. Ela aparece em um vídeo conversando com Durval e envolve políticos do PPS no esquema. Em outro vídeo, ela entrega uma sacola com dinheiro ao ex-secretário do DF. Assim como Oliveira, ela não falou com a imprensa. A PF também não informou o teor do depoimento.
Nesta tarde a Polícia Federal ouvirá ainda Alexandre Tavares, representante da empresa Infoeducacional, que também é citada no inquérito como colaboradora do esquema.

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