sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Marina se compara a Mandela e diz que avanço de Lula é seu



Para ela, ''falta visão'' ao governo na questão ambiental

Por Wilson Tosta
No Estadão

Pré-candidata do PV à Presidência, a senadora Marina Silva (AC) comparou-se ao líder sul-africano Nelson Mandela, atribuiu os avanços ambientais do governo federal à sua gestão como ministra do Meio Ambiente e considerou que os eleitores já começam a sinalizar que não aceitarão este ano uma eleição plebiscitária. Em sua participação no Fórum Social Mundial, afirmou ainda que o mundo vive uma crise social e ambiental e que, atualmente, não há fuga possível se não for resolvido o problema climático. Muito aplaudida, ela repudiou críticos que estigmatizam ambientalistas como sonhadores e utópicos.

"Não sou desse tipo que se intimida facilmente. Imaginem se chegassem para o Mandela e dissessem: "Pare com isso. Você é um sonhador. Que história é essa de querer acabar com o apartheid?" E ele desistisse?", declarou. Líder do Congresso Nacional Africano, Mandela passou três décadas preso por defender o fim do regime que separava a elite branca da massa de negros pobres, a maioria da população da África do Sul. Libertado, nos anos 90 foi eleito presidente e acabou com o regime segregacionista.

Em entrevista, Marina criticou a "falta de visão do governo em relação à importância da questão ambiental nas políticas de desenvolvimento do País". Para ela, o atual governo não foi capaz de "integrar os critérios de sustentabilidade em todos os setores da administração". Mas ressaltou que houve "avanços em vários aspectos", como a questão do desmatamento e a criação de um plano de recursos hídricos. "Claro que falar assim parece que estou legislando em causa própria, porque isso foi feito durante a minha gestão. Mas a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", ressaltou, em tom irônico.

A senadora afirmou que, apesar de não haver aliança formal do PV com o PSOL, não tem dúvidas de que os dois partidos encontrarão formas de estar juntos. Ela citou que apoiará a tentativa da presidente do PSOL, Heloisa Helena (AL), de voltar ao Senado. "Havia uma conversa entre os dois partidos, chegamos a constituir uma comissão para aprofundar o diálogo, mas sabíamos que era difícil", disse.Leia na ÍNTEGRA

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