É quase um consenso entre analistas do mercado e pitaqueiros de plantão: o governo evitou o quanto pôde falar sobre o aumento da gasolina para não tomar uma medida impopular antes das eleições. Até porque a inflação está massacrando o bolso do trabalhador e o combustível tem um peso importante na composição do IPCA, que no Recife ultrapassa o teto da meta do governo, com 7,16% acumulados nos últimos 12 meses.
Mas o ajuste de preço nas bombas é inevitável. Apesar de a presidente da Petrobras, Graças Foster, já ter defendido publicamente o reajuste para equilibrar as contas da estatal, só ontem que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu com todas as letras que o aumento virá. E neste ano mesmo, que é para diminuir o peso, em 2015, da nova palavra da moda: “tarifaço”. É bom lembrar que uma das pedras no sapato da presidente Dilma Rousseff são os investidores que criticam a intervenção do governo - considerada por muitos “excessiva” - nos rumos de empresas públicas com capital aberto na Bolsa, razão daquele otimismo refletido sobre o Ibovespa sempre que sai sondagem eleitoral.
A Petrobras está na linha de frente. E não adianta chorar porque vem pagando até R$ 3,349 pelo litro da gasolina nos postos de Pernambuco, como mostra a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com 327 postos no estado. Segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a defasagem dos preços ao consumidor praticados no Brasil, frente ao mercado internacional, avança rumo aos 20%. Fica difícil segurar.
Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil
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