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no Bem Paraná
São cerca de 1.500 bebes a menos no ano nascendo de adolescentes curitibanas, de um total de 25. 283 nascimentos
Assim como no resto do país, o índice de gravidez entre meninas menores de 20 anos em Curitiba reduziu. Porém a porcentagem é menor quando comparada com todo o Brasil, 6% de queda, contra 10%. Em números absolutos conta-se cerca de 1.500 bebes a menos no ano nascendo de adolescentes curitibanas, de um total de 25. 283 nascimentos.
"Esses números mostram que as meninas estão mais donas de suas vidas e de seus futuros. Vejo no consultório que o sexo já não é visto mais com tanto tabu e isso faz com elas escolham mais seus parceiros, estão mais criteriosas e também sabem mais o que querem de suas vidas", conta a Dra. Maria Letícia Fagundes, ginecologista.
Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, que mostra a diminuição após o início do projeto Mãe Curitibana. Em 1998, ano anterior ao programa, foram registrados 5.095 bebes de mães adolescentes de um total de 25.747 nascidos em toda a cidade, o que dá uma porcentagem de 19,8%. Em 2010 o número caiu para 3.593 de 25.283 totais, 14,2%.
“Para que esses números reduzam ainda mais é de extrema importância que haja um acompanhamento ginecológico das meninas desde cedo, a partir dos 13 anos de idade. O ginecologista, além de acompanhar o desenvolvimento também auxilia na orientação da sexualidade”, comenta a doutora. É de fundamental importância também o acompanhamento social junto às comunidades e escolas públicas. “A Prefeitura de Curitiba já tem trabalhos muito legais de capacitação de lideranças jovens para orientar e informar os adolescentes. Gerar essa rede de influenciadores e também realizar um trabalho junto às meninas que já tiveram seu primeiro filho para que não volte a ter um segundo antes dos 20 anos são ações que dão certo”.
A doutora ainda lembra que engravidar antes dos 20 anos configura uma gravidez de alto risco, pois o corpo ainda não está 100% formado para receber uma gestação. A gravidez determina várias mudanças físicas e psicológicas nas adolescentes, que nem sempre estão preparadas para a responsabilidade."O corpo sofre a ação da recente mudança hormonal ocorrida após os primeiros ciclos menstruais.A distribuição dos caracteres sexuais secundários, como mamas e distribuição da gordura, tanto quanto o crescimento, podem ser interrompidos, fragilizando o desenvolvimento estatural e forçando mudaças hormonais prematuras", finaliza.
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