João Domingos - O Estado de S.Paulo
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deverá acumular um cargo de organizador da Copa de 2014 com o de presidente do Conselho Público Olímpico (CPO), o órgão máximo dos Jogos Olímpicos de 2016. O Decreto 7.560, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, o autoriza a exercer os dois postos.
"Juridicamente, não há incompatibilidade. O decreto que regulamenta a Autoridade Pública Olímpica (APO) deixa claro que posso ter uma atividade privada e outra pública", disse Meirelles ao Estado. Ele afirmou ainda que conhece os dois setores. E que, se vier a aceitar um convite para organizar a Copa, não terá problema para tocar também o conselho olímpico. A diferença entre os eventos é de dois anos.
Surgiram especulações nos últimos dias de que Meirelles estaria se afastando do CPO, pois tenderia mais a atuar na Copa. Por isso, teria deixado de comparecer a reuniões que trataram de orçamentos da Olimpíada. O Estado apurou, no entanto, que Meirelles não apareceu nos encontros por julgar que ainda não é a hora de entrar em ação.
Vai agir quando tiver de analisar os orçamentos conjuntos apresentados pelo Estado e município do Rio de Janeiro e a União, da qual é o representante, além de ser a autoridade máxima da Olimpíada. Os três entes formam o consórcio da Autoridade Pública Olímpica. Meirelles também comandará as reuniões do CPO para tratar das obras necessárias à realização dos Jogos.
Desde o início do ano dirigentes do futebol brasileiro sonhavam em ter Meirelles num cargo ligado à Copa. No princípio, ele havia descartado a possibilidade de assumir duas funções, porque era apontado para dirigir a Autoridade Pública Olímpica, uma espécie de ministro temporário.
Mas o cargo acabou sendo assumido pelo ex-ministro Márcio Fortes (Cidades). Meirelles ficou com a presidência do Conselho. Com isso, e pelo Decreto 7.560, pode acumular as duas funções.
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