O Estado de S.Paulo
O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi recebido com vaias, ontem, na Faculdade de Educação da USP, onde participou de um debate sobre o Plano Nacional de Educação (PNE).
A principal reivindicação dos participantes foi para que o governo aumente de 7% para 10% o porcentual do PIB previsto para gastos com a educação. No plano atual - em trâmite no Congresso - são previstos 7%. "Para resolver todos os problemas, mesmo os 10% são poucos. Mas garantir os 7% é um avanço", disse. Haddad comparou a garantia dos 7% ao veto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2001, ao mesmo porcentual.
Os estudantes criticaram a situação de abandono de algumas universidades federais, que funcionam em prédios adaptados e sem professores suficientes. "Um país que só tem 3% de sua população na universidade não pode esperar ter talheres e papel higiênico para que um câmpus funcione", respondeu Haddad.
Também apontou uma suposta falta de autonomia da USP. "Na eleição dos reitores, sempre respeitamos a comunidade acadêmica e escolhemos o primeiro da lista", afirmou, em referência a João Grandino Rodas, reitor da USP. Rodas era o segundo nome da lista que chegou ao ex-governador José Serra.
Meia entrada
A Câmara de São Paulo aprovou ontem projeto de lei que cria a meia entrada para os cerca de 20 mil professores da rede municipal. A proposta segue para sanção do prefeito Gilberto Kassab.
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