Almir Leite - O Estado de S.Paulo
Problemas não faltam à presidente Dilma Rousseff. Vira e mexe, por exemplo, um ministro lhe arranja algum. Ainda assim, ela está atenta a todos os movimentos referentes à Copa do Mundo. Exerce uma marcação de fazer inveja aos melhores primeiros volantes do futebol brasileiro. Não há semana que não peça relatórios, explanações, sobre as obras. E não abre mão dos detalhes.
Essa vigilância, que ganhou proporção à medida que se aproximava o sorteio dos grupos eliminatórios do Mundial - ocorrido no final de julho, no Rio -, e as informações que obtém, dá a Dilma tranquilidade em relação ao sucesso da Copa. Ela diz a interlocutores ter certeza de que tudo ficará pronto com a antecedência e a qualidade necessárias.
O que para muitos podem parecer otimismo exagerado, afinal não faltam motivos para apreensão em relação ao que precisa ser feito no quesito infraestrutura, para pessoas próximas a Dilma soa como convicção.
A presidente vai expressar essa certeza amanhã, quando será iniciada a contagem regressiva dos mil dias para a Copa. Várias cidades irão "comemorar"" a data e queriam a presença de Dilma Rousseff nos festejos. Como a Fifa elegeu Belo Horizonte a cidade oficial do evento, é para lá que ela vai.
A capital mineira prepara um dia inteiro de atividades, em vários locais. Faltava definir ontem à noite de qual delas Dilma participará. Como a presidente viaja no sábado para os Estados Unidos, e na própria sexta, pela manhã, tem prevista a gravação de seu programa de rádio, o desafio é conciliar os compromissos.
Os mineiros querem Dilma na inauguração do relógio de oito metros que vai ser ligado amanhã à noite nos jardins do Palácio da Liberdade, sede do governo. E também gostariam de tê-la no jantar para 150 pessoas - autoridades, patrocinadores, integrantes da Fifa e do Comitê Organizador Local -, que será servido logo após a inauguração do relógio. Difícil.
Dilma pretende que Pelé, nomeado por ela embaixador da Copa do Brasil, também vá a Minas. O trabalho de convencimento do Rei está a cargo do ministro Orlando Silva. É desejável que ela tenha sucesso.
Silva também é alvo da marcação cerrada da presidente. Andou sumido nos últimos tempos e quer emergir novamente. Hoje, vai falar em rede nacional de rádio e TV para fazer um balanço dos trabalhos para a Copa. Ele está mais ou menos com0 o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes: prestigiado, mas precisa mostrar serviço.
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