Plano da empresa de Eike Batista é transferir as autorizações das usinas do Espírito Santo para o Maranhão
Irany Tereza - O Estado de S.Paulo
A MPX, braço de energia do grupo EBX, de Eike Batista, fechou um acordo de compra, de valor não revelado, de duas autorizações para a construção de usinas termelétricas obtidas pelo grupo Bertin. Embora a autorização tenha sido arrematada em leilão para usinas no Espírito Santo, a MPX planeja transferir as usinas para o Maranhão, onde a OGX, empresa de petróleo de Eike, opera sete blocos de exploração de petróleo e gás.
O acordo foi encaminhado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Somente com a aprovação do órgão a venda e transferência das usinas poderá ser efetivada. Apesar do ineditismo da proposta, é provável que seja aceita, pois soluciona parte dos problemas acarretados pela crise que acometeu o Bertin.
Desde o ano passado, o grupo vem se desfazendo de ativos de energia. O caso mais emblemático foi a saída da empresa do projeto de Belo Monte, com a venda de participação de 9% na hidrelétrica para a Vale.
O atraso na construção das termelétricas para as quais o Bertin havia obtido autorização criou também um problema para a Petrobrás, que havia acertado com o grupo o fornecimento do gás necessário às usinas. Em maio, a Petrobrás cancelou, por medida judicial, os contratos de fornecimento para o grupo.
A MPX, que já tem licenciamento de instalação de um complexo de usinas com capacidade para 1.863 megawatts (MW), pretende usar as autorizações do Bertin, de produção total de 660 MW, no local. Na semana passada, a OGX declarou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a comercialidade de dois poços, com previsão de produção de 5,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a serem alcançadas em 2012. As autorizações que o grupo pretende comprar são para geração de energia a partir de 2013.
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