quarta-feira, 15 de junho de 2011

Proposta do PPS impede senador de virar ministro


no Fábio Campana

O PPS quer evitar que a vontade do eleitor seja manipulada após as eleições e permita, por exemplo, que uma pessoa eleita para o Senado deixe o cargo para assumir um ministério e abra espaço para seu suplente, que ganha um mandato de oito anos sem ter obtido um voto sequer.
Pela proposta do partido, que será analisada durante a votação da reforma política, o parlamentar que desejar exercer um cargo no Executivo terá de renunciar seu mandato. Se for deputado, assume o primeiro suplente mais votado dentro da coligação. No caso de senador, o suplente só exercerá o mandato até a próxima eleição, seja qual for, quando a população elegerá um novo senador.
As propostas fazem parte de um conjunto de 11 pontos defendidos pelo PPS na discussão da reforma política. “O partido acredita que essas alterações privilegiam a decisão soberana do eleitor manifestada nas urnas. Temos ouvido muitas reclamações de pessoas que votaram em um candidato para deputado e depois ele assume um posto no Executivo. A questão da mudança da suplência de senador também é uma bandeira que o PPS levanta há muito tempo”, explica o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno.
No caso do Paraná, se essas alterações já estivessem valendo, não seria possível a senador Gleisi Hoffmann (PT) assumir a Casa Civil, abrindo espaço no Senado Federal para o seu suplente Sérgio Souza (PMDB).
Além dessas alterações, o partido defende ainda o fim das coligações nas eleições proporcionais, a adoção do voto distrital misto, o segundo turno em cidades com mais de 50 mil eleitores, o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente, a possibilidade candidatura avulsa, financiamento público de campanha e alteração na distribuição das sobras eleitorais.

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