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Não provoca surpresa constatar que a avaliação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, registrou uma sensível piora nos últimos quatro meses, conforme a mais recente pesquisa Datafolha.
Seu índice de reprovação ("ruim" ou "péssimo") chegou a 43%, alta de 12 pontos. Na contramão, seguiu a taxa dos que consideram seu governo "bom" ou "ótimo": queda de 37% para 29%.
Dilma Rousseff (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), ainda que gozando o benefício de estarem no início do primeiro mandato e portanto sem o desgaste natural de vários anos no cargo, registraram expressivas taxas de aprovação no levantamento do Datafolha.
A impopularidade atual de Kassab só encontra paralelo, nesses cinco anos em que está à frente da maior cidade do Brasil, em março de 2007. Ainda pouco conhecido, o vice alçado ao poder pela renúncia de José Serra (PSDB) se viu flagrado por câmeras, aos gritos, chamando um cidadão de "vagabundo". Colheu, na época, 42% de rejeição e aprovação de 15%.
No momento, os fatos que derrubam a avaliação de Kassab parecem ser o reajuste da tarifa de ônibus municipal, de R$ 2,70 para R$ 3,00, e um descolamento entre seus interesses e os da população que o reelegeu em 2008. Enquanto São Paulo afunda na rotina de trânsito caótico e alagamentos, a percepção geral é que o prefeito abandonou a administração da cidade pela aventura de fundar um novo e artificial partido (o alcaide encontra-se sem filiação, após desligar-se do DEM).
Por trás da intensa movimentação política de Kassab está o objetivo de candidatar-se ao governo estadual paulista em 2014. Ainda é cedo para avaliar a exequibilidade de tal projeto. Pesquisas de opinião sempre colhem o registro de um momento específico e volátil.
Restam pouco menos de dois anos de mandato a Kassab, e dois mais até a próxima eleição estadual. O prefeito tem de fazer uma reordenação urgente de prioridades e voltar a governar de fato, sob pena de ver sua imagem se deteriorar ainda mais -e, com ela, naufragarem suas ambições.
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Kassab é o politico mais estúpido e ingênuo que eu já conheci. Sua queda de popularidade dá-se, principalmente, porque é um gestor publico medíocre, deixa tudo pela metade. Ele não é o líder político que pensa ser. Não tem carisma. Não tem discurso. Não torço contra, mas acho que ele precisa aprender muito sobre política. Ele hoje se mostra deslumbrado, sob o incentivo de Brasília. Mas ele não deve esquecer que quem votou nele sempre votou contra o PT.
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