Wilson Dias/ABr |
Maria Fernanda Ramos Coelho deixou a presidência da Caixa Econômica Federal nesta quinta (24).
Será substituída por Jorge Hereda, vice-presidente de Governo, que cuidava na Caixa do programa Minha Casa, Minha Vida e do PAC.
A saída de Maria Fernanda coincide com a entrada do grão-pemedebê Geddel Vieira Lima.
Ex-ministro da Integração Nacional de Lula, Geddel, derrotado na disputa pelo governo da Bahia, vai à vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa.
Nos subterrâneos, diz-se que Maria Fernanda, ligada ao PT, torceu o nariz para a nomeação de Geddel.
Parte da herança que Lula deixou para Dilma Rousseff, a executiva da Caixa revelava-se desconfortável na cadeira há tempos.
Sob Lula, opusera-se à operação que enfiou a encrenca do banco PanAmericano no balanço da Caixa.
Voto vencido, Maria Fernanda comandou a compra de 49% do capital da ex-casa bancária de Silvio Santos. Negócio de R$ 739,2 milhões.
A operação resultou em perdas financeiras para a Caixa. O tamanho do prejuízo começará a ser exposto na escrituração de 2011.
O Planalto tentou manter Maria Fernanda na Caixa. Conseguiu retardar a demissão, mas não logrou evitá-la.
Providenciou-se para ela um novo cargo. Será representante do Brasil no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Geddel vai substituir Carlos de Brito, que respondia pela vice-presidência de Pessoa Jurídica.
Trocou-se também o vice-presidente de Atendimento e Distribuição da Caixa, Sai Carlos Borges. Entra José Henrique Marques da Cruz, funcionário de carreira.
Mudou-se ainda o titular da vice-presidência de Controle e Risco. Assume o posto Rafael Rezende Neto.
Ele substitui Marcos Roberto Vasconcellos, que vai a outra vice-presidência, a de Gestão de Ativos de Terceiros, até aqui ocupada por Bolívar Moura Neto.
Por último, a dança de cadeiras envolveu a troca de Clarice Coppetti por Joaquim Lima de Oliveira na vice-presidência de Tecnologia de Informação da Caixa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário