Kassab lança PSD em GO e afirma apoio a Marconi Perillo

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MIRELLE IRENE
Direto de Goiânia no Terra
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, passou a tarde deste sábado em Goiânia (GO), onde promoveu ato político na Assembléia Legislativa para lançar o PSD, partido que está criando após anunciar desfiliação do DEM. Ele também visitou o governador Marconi Perillo (PSDB), no Palácio das Esmeraldas, sede do governo, a quem sinalizou aproximação política.

Escoltado o tempo todo pelos três deputados federais goianos que já aderiram ao novo partido, Thiago Peixoto (PMDB), Armando Vergílio (PMN) e Vilmar Rocha (DEM), Kassab disse que o PSD nasce forte em Goiás. "O PSD nasce aqui em Goiás com um peso muito grande no PSD nacional", disse. Ele ainda rebateu críticas de que a nova sigla é um partido paulista. "É um partido que está identificado com o Brasil, e não apenas com um único Estado", disse.

Segundo Kassab, em três Estados já visitados - São Paulo, Bahia e Goiás -, conseguiu adesão de 13 deputados federais, além de outras lideranças políticas.
Kassab ainda confirmou apoio ao governo tucano de Marconi Perillo (PSDB). "Ele sabe que, efetivamente, pode contar com o PSD aqui em Goiás", afirmou. Os três deputados fundadores do partido em Goiás - e possivelmente seus primeiros dirigentes - são secretários de governo de Marconi.

"Recebo com muito prazer o prefeito Gilberto Kassab. É uma das grandes figuras da política brasileira, tenho por ele muita admiração. Estou convencido de que, sob a liderança dele, o PSD será um grande partido nacional, e começa muito forte em Goiás", disse o governador.

Em relação ao governo federal, Kassab foi cauteloso e não confirmou que o PSD será da base da presidente Dilma Rousseff (PT)."Da base eu não digo, mas o partido nasce torcendo para o êxito do governo da presidente Dilma", disse, se declarando pouco à vontade para assumir lugar na base, já que não apoiou a petista em sua eleição.

Kassab comentou também que existe um convite do PSB para que o PSD sejam próximos, mas que a fusão entre as duas legendas está superada. Kassab, porém, disse que o PSD vai disputar as eleições do ano que vem, com candidatos próprios, mas que a legenda poderá fazer alianças com alguns dos 20 partidos no Brasil, também para compor tempo de TV na propaganda eletrônica.
JK

Em Goiânia, Kassab comentou também a polêmica apropriação das iniciais do ex-presidente Juscelino Kubitschek, no registro na internet do domínio jk.org.br. "Isso é um fato superado. Eu já me manifestei para a família do nosso querido Juscelino Kubitschek", disse. Kassab afirmou que, caso a família de Juscelino não concorde com a vinculação do nome ao partido, a vontade será respeitada. "Evidentemente, todas as marcas, tudo aquilo que foi feito preventivamente, até para preservar a imagem de nosso queridíssimo presidente, será direcionado para a família", afirmou.

O prefeito sugeriu que a família de JK deveria ter registrado as iniciais do ex-presidente. "(A família) até foi eu diria incauta ao longo dos anos não tendo feita esta reserva", disse. "Nós ficamos surpresos ao saber que não existia. Imaginem só se tivesse caído nas mãos de aventureiros", afirmou.

Na sexta-feira, a filha do ex-presidente, Maria Estela Kubitschek, ameaçou de entrar com uma ação judicial contra Kassab caso ele insista em manter uma fundação vinculada ao seu novo partido com o nome do ex-presidente. Em nota divulgada à imprensa, Maria Estela nega que tenha sido procurada por Gilberto Kassab para falar sobre a utilização da marca JK na organização.