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no Terra
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno, afirmou nesta sexta-feira que a oposição não vai cair na estratégia da tropa de choque do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, para evitar sua convocação na Câmara dos Deputados. "Ele pode e deve dar quantas entrevistas quiser, mas continua tendo a obrigação constitucional de prestar esclarecimentos oficiais ao Congresso", afirmou o deputado.
O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou nesta sexta-feira ao Jornal Nacional que sua empresa de consultoria, a Projeto, não atuou com contratos públicos. "A empresa jamais atuou junto a órgãos públicos diretamente ou representado empresas privadas junto a órgãos públicos", afirmou. Essa foi a primeira entrevista do ministro depois de mais de 15 dias de silêncio sobre a reportagem do jornal Folha de S.Paulo que afirma que o patrimônio do petista cresceu 20 vezes entre 2006 e 2010.
Rubens Bueno avaliou que dificilmente Palocci iria detalhar como multiplicou por 20 seu patrimônio em 4 anos. "Repetir o que já disse por meio de notas não adianta. Enquanto ele não revelar quem eram os clientes de sua consultoria, que tipo de serviço prestava e quanto recebeu de cada um, vai permanecer a suspeita de enriquecimento ilícito e tráfico de influência", afirma o líder do PPS.
Durante a entrevista veiculada hoje, Palocci se negou a dar os nomes de seus clientes. "Eu acho que não tenho direitos de fazer revelações de terceiros", disse ao Jornal Nacional.
Rubens garantiu que a oposição está firme em sua missão de fiscalizar os atos do Executivo, não recuará na convocação de Palocci na Câmara, e nem aceitará desculpas como as usadas no mensalão. "Como principal ministro de Dilma, Palocci tem o dever de prestar contas à nação e ao Legislativo, especialmente em se tratando de uma denúncia de extrema gravidade como essa. Não vamos aceitar desculpas como a de recursos não contabilizados que foi usada no mensalão. Palocci precisa explicar sua receita bastarda", disse o líder do PPS, lembrando que se o presidente na Câmara, Marco Maia (PT-RS), anular a convocação de Palocci, o partido vai ingressar com um mandado de segurança no supremo Tribunal Federal (STF).
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