O Globo - Valor Online
SÃO PAULO - O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, disse que é preciso haver "boa fé nas pessoas". A expressão surgiu quando questionado, em entrevista ao Jornal Nacional, se tem como provar que não misturou interesses públicos e privados quando prestou consultoria a empresas.
"Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas. Aí, como eu te provo isso?", indagou
o ministro. E ele mesmo respondeu: "Tem que existir boa fé nas pessoas. Por isso que a lei diz que quando uma acusação é feita, ela deve vir acompanhada de provas ou, no mínimo, de indícios. Por isso que nós precisamos acreditar na boa fé das pessoas."
Palocci disse que não há problema em toda essa discussão sobre suas atividades e insistiu no ponto da boa fé. "Mas eu quero que as pessoas tenham boa fé, que escutem as explicações, que vejam as documentações enviadas aos orgãos públicos e que eu seja avaliado com justiça. Os meus direitos e os meus deveres."
Antes disso, Palocci já tinha dito que não estava acima da lei e voltou a afirmar que tomou todas as providências no setindo de ter uma empresa legalizada. "Tudo está literalmente registrado e adequado", disse.
Essa foi a primeira entrevista do ministro desde que foi relevado um aumento de patrimônio de 20 vezes em quatro anos.
(Eduardo Campos | Valor
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