quinta-feira, 28 de julho de 2011

Prevenção= Dia Mundial contra hepatites virais



Nesta quinta-feira (28) é Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A ação acontecerá das 9h às 16h, numa tenda da Secretaria Municipal da Saúde especialmente montada na Boca Maldita.
A prevenção da hepatite B está na pauta da Saúde de Curitiba desde o início da semana. Na terça-feira foi feita a vacinação de caminhoneiros na CIC e nesta quarta (27) dada orientação sobre prevenção e formas de contágio a trabalhadores da área de estética da Regional Bairro Novo.
Cerca de 50 profissionais de salões foram orientados sobre os riscos da Hepatite B. Na região atuam cerca de 120 profissionais do setor, dos quais 70 já recebem suporte dos técnicos da Saúde. Tatuadores e aplicadores de piercing serão os próximos convocados para a atualização.  “O esforço é necessário porque repercute na saúde das pessoas.
É importante a atenção antes de qualquer ocorrência e para que os próprios profissionais também se protejam dos riscos a que estão expostos”, disse a coordenadora de Vigilância em Saúde do Bairro Novo, Adriana Rebequi.
Para o cabeleireiro Aélcio Luiz de Oliveira, que recebe orientação da equipe da Vigilância Sanitária na reforma do salão, “o uso e a destinação certa dos descartáveis é uma preocupação essencial.”
Além de orientar cabeleireiros, manicures, pedicures e podólogos, a equipe de saúde também ofereceu a vacina contra a hepatite B para quem ainda não havia iniciado ou completado o ciclo de vacinação.
Orientação - Algumas das infecções que podem afetar o fígado sem que se perceba, podendo evoluir para cirrose e câncer. Para lembrar à população que a hepatite B, que é uma delas, deve ser prevenida com vacinação e cuidados simples no dia a dia, a Secretaria Municipal da Saúde estará tirando dúvidas e orientando os interessados sobre o assunto.
“Nossa meta é fazer com que a população-alvo da vacinação de rotina  adote hábitos saudáveis e compareça às unidades de saúde para a imunização contra a hepatite B”, explica a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Karin Luhm.
Entre as ações de prevenção está o uso de preservativos em todas as relações sexuais – uma vez que a hepatite B é uma Doença Sexualmente Transmissível com poder de infecção 100 vezes superior ao do vírus HIV, da Aids.
Também é importante não compartilhar objetos de uso pessoal (como lâminas de barbear) e frequentar somente salões de beleza e estúdios de tatuagem e piercing que possuam licença sanitária.
Sintomas - A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas, mas pode haver cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, bem como pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção.
Dos 600 casos de todas as hepatites virais registrados no ano passado, 204 foram determinados pelo HBV – o vírus causador do tipo B da doença e que é transmitido pelo sangue contaminado. O número total de casos é maior, uma vez que existe subnotificação.
Exame - O diagnóstico da hepatite B é feito por meio de exame de sangue, que pode ser requisitado pelos médicos das unidades de saúde. Após o resultado positivo, o médico indicará o tratamento adequado – que representa um investimento alto do poder público. Apenas um tipo de medicação custa R$ 50 mil por ano por paciente.  “Quanto antes a pessoa souber que é portadora do vírus, mais qualidade de vida vai ter porque a resposta ao tratamento será melhor. Além disso, existe a oportunidade de as demais pessoas envolvidas na cadeia de transmissão também serem tratadas”, observa Karin.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente vacina contra a hepatite B, em todas as unidades básicas e de Saúde da Família, para os públicos definidos como prioritários pelo Ministério da Saúde.
Têm prioridade na vacinação:
• Pessoas como até 29 anos, 
• Gestantes no segundo trimestre de gravidez
• Trabalhadores da saúde
• Bombeiros
• Policiais
• Caminhoneiros
• Manicures, podólogos, tatuadores, aplicadores de piercing
• Indígenas
• Doadores de sangue
• Gays, lésbicas, travestis e transexuais
• Profissionais do sexo
• Usuários de drogas
• Portadores de doenças sexualmente transmissíveis (DST)
Para fazer efeito, o esquema de vacinação é feito em três doses: com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Recém-nascidos recebem a primeira dose ainda na maternidade. Atualmente, em Curitiba, são aplicadas perto de 11 mil doses da vacina a cada mês.

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