Ricardo Noblat
Confesso que não entendo.
Se algum jornalista me perguntasse quatro vezes se algum dia voei de graça em jatinho da empreiteira Sanches Tripopini, do Paraná, quatro vezes eu responderia que não. Nem de graça nem pagando.
Se duvidassem da minha palavra e eu acabasse convidado para depor no Congresso, repetiria que não, que jamais voei em jatinho da empreiteira Sanches Tripopin.
A revista ÉPOCA teve a informação de que o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, voou em jatinho da empreiteira durante a campanha eleitoral do ano passado. E que a mulher dele, ministra Gleise Hoffmann, também voou.
Por quatro vezes a revista perguntou a Paulo Bernardo se a informação tinha procedência. Por quatro vezes ele silenciou. Agora que o assunto se tornou público, ele negou ter usado o jatinho da empreiteira. Mas cercou sua negativa de tais cuidados que a dúvida ainda permanece.
Por que o ministro não convoca uma entrevista coletiva e responde com franqueza, de peito aberto, a todas as perguntas que lhe façam a respeito?
Seria tão simples. E tão eficiente. Ou não?
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