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Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva foram personagens destacados no lançamento do programa Brasil sem Miséria para a região Sudeste, feito pela presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira.
Apesar da ausência de Lula no evento e de Fernando Henrique sequer ter discursado, aliados de ambos travaram uma batalha branca em palavras para exaltar o legado de cada um deles.
Discursos feitos no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo --Estado comandado por tucanos desde 1995-- exaltaram Fernando Henrique pela conquista da estabilidade econômica e Lula pelos programas sociais que ajudaram a tirar milhões de brasileiros da pobreza.
Sentado ao lado de Dilma, o ex-presidente tucano foi um dos mais aplaudidos quando teve seu nome chamado pelo mestre de cerimônias do evento.
Fernando Henrique foi classificado como responsável pelo fim da inflação e pela estabilidade econômica do país pelos governadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Renato Casagrande (PSB-ES).
O maior elogio, no entanto, veio do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele lembrou que foi o governo FHC que criou os programas sociais posteriormente unificados e ampliados na gestão de Lula.
"Foi a estabilidade econômica que permitiu que os governos começassem a se organizar para atender aos que mais sofrem", disse Alckmin.
O governador paulista disse ainda que "a erradicação da miséria é uma forma de ser da ética na política".
Ausente, Lula foi lembrado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), como "grande presidente".
O afago maior, no entanto, veio de sua sucessora Dilma Rousseff, que lembrou dos milhões de brasileiros que deixaram a pobreza no governo Lula.
"Essa é, sem dúvida, a herança bendita que o presidente Lula, entre tantas outras, me legou".
(Reportagem de Eduardo Simões)
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