EDUARDO RODRIGUES - Agência Estado
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, voltou a negar hoje que tenha pegado carona em aviões de empresários do Paraná em troca da liberação de obras no Estado. Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, o ministro novamente foi confrontado pelos parlamentares da oposição acerca das denúncias de tráfico de influência durante sua gestão no Ministério do Planejamento.
A pedido dos oposicionistas, a pauta da reunião foi invertida, para que Bernardo preste esclarecimentos sobre as denúncias antes da discussão sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e o PL 116, aprovado este mês pelo Senado, que abre o mercado de TV a cabo para as teles e reduz as limitações de capital estrangeiro nas empresas de TV paga.
Em resposta ao senador Aloyzio Nunes (PSDB-SP), Bernardo voltou a argumentar que o Contorno Viário de Maringá - obra sobre a qual recaem as denúncias de favorecimento à empreiteira Sanches e Tripoloni - foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a pedido de parlamentares da região, independentemente de seus partidos. "O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi o primeiro a assinar o pedido. Eu quero entender como é que eu passo a estar sob suspeita por ter liberado o recurso", afirmou o ministro.
Segundo ele, a decisão de incluir empreendimentos no PAC é tomada por um colegiado de ministros. "Nunca aceitei carona para liberar obras. Nunca vai aparecer alguém que diga que o Paulo Bernardo pediu para incluir obra. Era justamente o contrário, eu sempre jogava na retranca", completou.
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