A renúncia de Dominique Strauss-Kahn ao cargo de diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) na noite de quarta-feira (18), em Nova York, abriu caminho para que o órgão internacional indique seu sucessor.
Tradicionalmente, o posto é ocupado por um economista Europeu. Com o aumento da importância dos países emergentes (incluindo o Brasil) no cenário mundial, porém, aumenta a pressão para que seja escolhido um economista entre países como a China, Brasil, Rússia e Turquia – de acordo com a agência de notícias Reuters, o ex-presidente do Banco Central brasileiro Armínio Fraga é um dos principais nomes cotados ao cargo de diretor-gerente do FMI.
Fraga, 54, é descrito como um dos mais eficientes presidentes do BC, cargo que ocupou entre 1999 e 2002, durante um período turbulento para a economia brasileira. Investidores consideram que ele obteve sucesso ao reduzir o impacto da maxidesvalorização do real, em 1999, ao elevar as taxas de juros nacionais para 42%, dificultando o crédito para consumidores e empresas – apesar de impopular, a medida teve efeito no combate à inflação.
O economista também trabalhou para o bilionário George Soros durante seis anos como diretor geral do Soros Fund Management, em Nova York, e vendeu sua empresa, a Gávea Investimentos para o banco JP Morgan Chase. Pesam contra Fraga suas conexões com fundos de investimento e a provável falta de apoio do governo brasileiro: o economista foi presidente do BC durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A lista de possíveis sucessores inclui o turco Kemal Dervis, um dos mais cotados caso o cargo não vá para um europeu. Dervis é visto como o responsável por resgatar a Turquia de uma crise financeira em 2001, aprovando reformas necessárias à economia turca e ajudando a obter um empréstimo de bilhões de dólares com o FMI. Dervis já foi vice-presidente do Banco Mundial e hoje é diretor do programa “Desenvolvimento e Economia Global” na Brooklings Institution, organização responsável pela criação de políticas públicas.
Caso o cargo de diretor vá para um europeu, um dos nomes mais prováveis é o da francesa Christine Lagarde, 55, que seria a primeira mulher a dirigir o FMI desde a fundação da instituição. Lagarde conquistou respeito nos mercados durante a crise financeira de 2008/2009 e ajudou a promover as medidas propostas pela França para atenuar a turbulência econômica. Em 2009, ela foi eleita a melhor ministra da Fazenda da Europa, de acordo com votação organizada pelo jornal econômico inglês Financial Times.
No momento, o fato de ser francesa é o principal empecilho a Lagarde – nos últimos 33 anos, franceses comandaram o FMI por 26 anos. O presidente Nicolas Sarkozy também pode criar dificuldades para liberar sua popular ministra um ano antes das eleições presidenciais na França.
Outros nomes cotados são: o alemão Axel Weber, presidente do Banco Central alemão entre 2004 e abril de 2011; o sul-africano Trevor Manuel, ministro da Fazenda da África do Sul de 1996 a 2009; o mexicano Agustin Carstens, presidente do Banco do México desde janeiro de 2010; e o canadense Mark Carney, presidente do Banco Central do Canadá. Leia mais aqui
É Palocci!!!!
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