no Josias de Souza
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara programou-se para debater, nesta quarta (27), os serviços oferecidos aos brasileiros que viajam de avião.
Convocaram-se para a sessão quatro companhias aáreas: TAM, Gol, Azul e Webjet. Deu-se o inusitado. Nenhuma das empresas se dignou a enviar representantes.
Deram uma banana coletiva para os deputados, numa espécie de cartel da ausência. Convertida em terreno baldio, a sessão foicancelada.
O que alegaram as empresas? A agenda de seus executivos era incompatível com o horário da reunião da Câmara.
Presidente da comissão, o deputado Roberto Santiago (PV-SP), enxergou “desrespeito” na pantomima.
“Eles não vieram porque estão desrespeitando a Câmara e esta comissão. E esta vontade de eles fazerem o que querem tem que ter um basta”.
O diabo é que, excetuando-se as CPIs, as comissões do Congresso não dispõem de poderes para covocar depoentes. Podem apenas convidar.
Ou seja, o “desrespeito” prevalecerá sobre o “basta”. De resto, as companhias aéreas não foram as únicas a tratar os deputados com descaso.
Convidados, os presidentes da Infraero, estatal que gere os aeroportos, e da Agência Nacional de Aviação Civil tampouco deram as caras.
Enviaram representantes. Membro da comissão, o deputado José Carlos Araújo (PDT-BA) definiou-os assim:
“Servidores sem autonomia para responder às questões mais polêmicas”.
Abespinhados, os deputados defenderam a alteração do regimento interno da Câmara, de modo a converter convite em convocação.
“Temos que ter esta autoridade”, disse Santiago, o presidente da comissão de pseudodefesa do Consumidor. Dimas Ramalho (PPS-SP) ecoou:
“Não tem sentido um debate sobre um problema em que os autores responsáveis não estão presentes. Ou reagimos ou extinguimos esta comissão”.
É..., faz sentido. Como não exigirão coisa nenhuma, restará a hipótese da extinção.
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