quarta-feira, 27 de abril de 2011

Não podemos acolher choro de viúva, diz líder do PSDB em SP



O vereador Floriano Pesaro, líder da bancada do PSDB na Câmara de Vereadores de São Paulo, afirmou nesta terça-feira, em um programa na GloboNews, que o partido não pode "acolher choro de viúva". Ele se referia às reclamações dos seis vereadores que deixaram a sigla na capital paulista, alegando que foram discriminados pela nova cúpula do diretório municipal.
"O PSDB é maior do que essas políticas pequenas. Eu não condeno aqueles que querem buscar outro caminho, mas não podemos aceitar injustiças. Partido não abriga o que todo mundo quer. Nós não podemos acolher choro de viúva - essas pessoas que, por terem perdido espaço, vão embora. A grandeza de um partido se faz discutindo internamente", disse Pesaro.
O deputado federal Walter Feldman, um dos que deixaram a sigla, disse no programa da GloboNews que os vereadores da capital foram impedidos de participar da eleição do diretório municipal. "O PSDB nasceu longe das benesses do poder e o governo estadual interferiu diretamente na eleição do diretório municipal. Estou triste com os rumos que foram tomados, há uma ingerência indevida inaceitável hoje no PSDB em São Paulo", rebateu ele.
O PSDB do município de São Paulo vai pedir à Justiça a cassação dos mandatos dos seis vereadores que deixaram. Para o novo presidente do diretório municipal do PSDB, Julio Semeghini, não existe motivação legal para a debandada. "Isso será discutido pela nova Executiva, mas tenho o compromisso de tentar retomar todas as vagas", disse.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem uma resolução que trata da infidelidade partidária, que afirma que a mudança de partido é legítima quando há "discriminação pessoal". Como "prova", os vereadores guardam vídeos de reuniões com dirigentes da legenda. Todos os parlamentares que deixaram a sigla são aliados do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

no Terra

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