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Agência Brasil
Renata Giraldi eYara Aquino
Brasília – Com respeito às diversidades, sem abrir mão de questões essenciais, como a defesa dos direitos humanos e busca pelo avanço econômico do Brasil sustentado na justiça social e na democracia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou hoje (20), que a presidenta Dilma Rousseff registra seu estilo na política externa nestes primeiros meses de gestão. Segundo ele, a precisão aliada ao idealismo resumem as características deste estilo.
“A objetividade como critério, a firmeza na promoção dos interesses nacionais e a ênfase na busca de resultados concretos nos planos econômico, comercial e da inovação”, disse Patriota, referindo-se aos principais pontos da política externa brasileira. “A prioridade atribuída a parcerias capazes de contribuir para o aumento da competitividade.”
Patriota participou da cerimônia de formatura de 109 novos diplomatas, no Itamaraty, na presença da presidenta Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer, do secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, e do diretor do Instituto Rio Branco, Georges Lamazière.
Segundo o chanceler, há um compromisso do governo Dilma com a promoção e a proteção dos direitos humanos “sem seletividade nem politização”. A afirmação dele ocorre no momento em que a comunidade internacional discute as denúncias de violações de direitos humanos na China, na Líbia, na Costa do Marfim e também no Irã, além de outros países.
Diante da turma de formandos, que escolheu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como paraninfo – e representado pelo assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia - Patriota disse que Lula foi o “protagonista maior” dos esforços do Brasil em favor da integração regional e que “jamais esteve indiferente aos dramas do mundo periférico”. “Sua contribuição é reconhecida no Brasil e no mundo e permanecerá uma referência necessária”, disse.
Em nome do ex-presidente, Garcia leu a mensagem aos novos diplomatas e parafraseando o cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Hollanda, Lula recomendou que os profissionais que lidarão com a política externa se coloquem em posição de igualdade nas negociações internacionais.
“Quero terminar com uma fala do Chico Buarque: 'Sou de um país que fala de igual para igual com todos. Nem fino com Washington, nem grosso com a Bolívia. Por isso, é respeitado no mundo inteiro como nunca antes na história desse país'”, afirmou Lula na mensagem lida por Garcia, sendo aplaudido pelos presentes.
A frase citada por Lula de Chico Buarque foi feita pelo artista em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro, quando intelectuais, atores, cantores e compositores declararam apoio à candidatura de Dilma Rousseff que disputava as eleições com o ex-governador José Serra (PSDB).
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