quinta-feira, 28 de abril de 2011
Governo do Paraná retoma o programa Trator Solidário com adesão da New Holland
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O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, homologou quarta-feira (27) a adesão da New Holland ao programa Trator Solidário. A empresa foi a única de oito instituições fabricantes de tratores que retiraram o edital de relançamento do programa que atendeu aos pré-requisitos estabelecidos.
Com essa formalização, o programa Trator Solidário está sendo efetivamente retomado no Paraná e espera-se que em 15 dias cerca de 200 propostas de produtores aptos a comprar o equipamento sejam atendidos pela fábrica, disse o secretário. A expectativa daqui para frente, com o programa em funcionamento, é entregar 1.000 tratores por ano e um total de 4.000 tratores até 2014, disse Ortigara.
A homologação da New Holland no programa foi assinada pelo secretário Ortigara, pelo diretor-geral da secretaria, Otamir Cesar Martins, e pelos representantes da New Holland – o gerente de Vendas Especiais, Marcos Abex, e o gerente de Distrito, Ediney Amaral. O programa é executado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento em parceria com a Emater.
O Trator Solidário, implantado em 2007, é um dos programas que teve sua continuidade garantida pelo governador Beto Richa, levando em conta o interesse dos beneficiados. Segundo o secretário Ortigara, a procura de produtores que querem comprar os tratores é grande e o programa representa uma oportunidade de mecanização com um equipamento de qualidade na pequena propriedade.
REQUISITOS – O novo edital que estabeleceu como pré-requisito para adesão ao programa a disponibilidade de tratores com 75 CV e 55 CV de potência, por preços que vão de R$ 48.500,00 a R$ 62.400,00, respectivamente. Segundo o coordenador do programa, Francisco Simioni, essa tabela apresenta um reajuste médio de 7,58% em relação aos preços praticados até o final do ano passado, quando o edital anterior expirou.
Segundo Abex, para a New Holland essa parceria com o governo do Paraná representa o cumprimento de um compromisso social, porque atende o pequeno produtor rural. “Manter o programa foi uma decisão inteligente”, afirmou. Segundo Abex, a empresa vem se esforçando em atender a rapidamente a demanda criada pelo programa, evitando a formação de filas de espera. Outro benefício decorrente da continuidade do programa, afirma o executivo, é a manutenção de empregos na indústria.
PROGRAMA – O Trator Solidário representa uma articulação do governo do Paraná e governo federal com os agentes financeiros, que ofertam recursos com baixas taxas de juros para os agricultores familiares, e as empresas fabricantes de tratores, que fornecem os equipamentos conforme os valores fixados pelo edital. O resultado apresenta um ganho expressivo para os agricultores familiares, que conseguem crédito mais barato para a compra de um equipamento de qualidade.
O programa prevê a participação de agentes financeiros como Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento Extremo Sul (BRDE), por meio do Sicredi e Cresol, que vão oferecer linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O prazo para pagamento dos financiamentos dos tratores será de até 10 anos, com carência de dois anos, e a garantia da “equivalência em produto”. A equivalência é um bônus garantido pelo governo do Estado, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico – gerenciado pela Agência de Fomento do Paraná S/A. Os juros para os financiamentos serão os mesmos das linhas de crédito do Pronaf – em média 2% ao ano.
MILHO – O bônus/equivalência será concedido aos beneficiários do programa sempre que o preço médio de mercado do milho calculado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) ficar abaixo do preço mínimo da época da contratação do financiamento. O percentual entre o preço médio de mercado e o preço mínimo do milho será igual ao bônus/equivalência.
Segundo Simioni, a inadimplência no Trator Solidário é próxima de zero. Mesmo o bônus equivalência, concedido pelo governo, foi pouco acessado. De um universo de R$ 350 milhões em financiamentos liberados pelos bancos até agora, foi necessária a intervenção do governo por meio de bônus no valor de apenas R$ 400 mil, o que representou muito pouco, disse o técnico.
A oferta do bônus equivalência ocorreu nos meses de abril a julho do ano passado, quando os preços do milho ficaram abaixo do preço mínimo no mercado. Depois disso, os preços reagiram e não foi mais necessário recorrer ao mecanismo.
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